Na ala citada, onde funciona, entre outros cursos, o de Direito, havia ainda uma convocação para o Orkut, uma comunidade virtual, onde os seis estudantes fazem parte da chamada Sociedade Secreta do Banheiro do 5º andar, “destinada aos assíduos freqüentadores” do referido banheiro. Fazem parte da comunidade, criada em 15 de setembro, os alunos Hermann Haase, 21 anos, Luís Felipe Moreira, 20, Fábio Pimentel, Pedro Cardoso, 21 anos, João Campos Paim Maciel e Daniel Padula Antabi, 22 anos.
Antabi explicou que a comunidade foi criada após eles descobriram que o banheiro do 5º andar era mais vazio. “A partir daí começamos a trocar informações sobre o local, tudo num clima de brincadeira. Mas ninguém desenhou nada contra os judeus. Isso já estava lá, assim como em vários outros banheiros da PUC. Eu sou judeu, jamais faria isso”, contou ele.
Presidente da federação Israelita, Osias Wurman disse nesta terça-feira que os indícios de envolvimento dos seis alunos é muito forte. “As atitudes anti-semitas geralmente começam assim, de forma irresponsável, desavisada, estúpida”, avaliou acrescentando que vai prestar queixa na delegacia.
Entre as pichações havia um martelo com o desenho de uma suástica sobre uma a Estrela de Davi (símbolo judaico) e, ao lado, a frase: “Precisamos estirpar esse câncer da face da terra. Chega de capitalismo, chega de Likud (principal partido da direita israelita, liderada pelo primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon), chega de Sharon”.
A assessoria de imprensa da PUC informou que o dossiê encaminhado pela federação não traz informações suficientes para a abertura de investigação. Apesar de afirmar que qualquer depredação do patrimônio já seria suficiente para punição, a direção da PUC considera necessário um flagrante ou provas que, segundo a assessoria, sejam mais consistentes.
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