A demanda por arquitetos e engenheiros civis ganhou impulso no Grande ABC, em função do grande número de lançamento de imóveis.

No ano passado, por exemplo, foram lançados na região 6.879 apartamentos ante 4.209 em 2006, o que representou aumento de 63%. Foi o melhor resultado das duas últimas décadas e a perspectiva é de manutenção de um ritmo forte de novas construções.

"Grande parte das construtoras terceiriza os projetos para escritórios de arquitetura, que estão muito requisitados", afirma a diretora regional do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) no Grande ABC.

Por conta da demanda, o empresário Luis Antonio de Jesus, que tem escritório do ramo em São Paulo e atua na região, foi obrigado a contratar. Contava, no ano passado, com um estagiário e um profissional autônomo. Hoje, já são três pessoas estagiando e três arquitetos a seu serviço. "O usual eram dois a três prédios grandes (projetos) por ano. Estamos com nove", disse.

Decoração - A procura vem crescendo não apenas na etapa dos projetos. A empresária e arquiteta Tereza Simões, de São Bernardo, afirma que há uma melhora também na parte de decoração. "As pessoas já entendem, hoje, que não conseguem decorar tudo sozinhas e que é melhor pagar uma profissional para ficarem satisfeitas", disse.

"Vejo um mercado promissor, pela necessidade de adaptação dos espaços às necessidades das pessoas", disse a arquiteta e orientadora de projetos em Conforto Ambiental e Design da Uniban (Universidade Bandeirante) do Grande ABC, Edvânia Comitre.

Segundo Edvânia, o aquecimento do mercado se reflete na procura por estagiários na universidade. "Há alguns anos,os alunos ficavam reticentes em sair de onde estavam empregados por que eram poucas as vagas. Hoje em dia, há demanda em todas as áreas, de construtoras e escritórios a órgãos públicos", afirmou.