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Faltam 100 mil moradias no ABC
Raymundo de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
16/02/2002 | 16:17
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O déficit habitacional nas cidades da região atinge pelo menos 100 mil famílias. O cálculo leva em conta as pessoas que estão em áreas de risco e em subabitações, como favelas. São Bernardo (cerca de 40 mil), Santo André (33 mil), Diadema (20 mil ) e Mauá (8 mil) são as que têm maior carência de habitações. São Caetano (500) e Ribeirão Pires (850) são as cidades que possuem menor déficit. A Prefeitura de Rio Grande da Serra não forneceu informações sobre a extensão do problema na cidade.

A falta de casas próprias no Grande ABC é de 15% a 20% dos 2,35 milhões de habitantes da região, segundo a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliários e Administradores do Grande ABC). De acordo com a diretora de Habitação da Secretaria de Inclusão Social e Habitação de Santo André, Selma Scaramboni, levantamento feito pela administração entre 1999 e 2000 constatou déficit habitacional de 33.427 unidades. A maior parte das famílias que compõem o déficit, cerca de 21 mil, está em áreas de risco (7.790) e em subabitações (13.230). A diretora afirma que cerca de 25 mil pessoas moram nas 139 favelas existentes no município. Segundo ela, em levantamento feito pela Prefeitura para verificar a quantidade de interessados em conseguir linhas de crédito para moradia foram cadastrados 49 mil pessoas.

Em São Bernardo, segundo informações da Secretaria de Habitação, 37.477 famílias moram em favelas e 13.165 em loteamentos irregulares, a maior parte em áreas de proteção aos mananciais. Um levantamento feito pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), órgão do governo do Estado, em 1997, constatou que havia, na época, déficit de 30.912 unidades em São Bernardo. Segundo o secretário de Habitação, Osmar Mendonça, nas duas áreas de maior concentração de favelas e subabitações, as regiões do Montanhão e Alvarenga, concentram mais de 100 mil moradores.

Diadema – O diretor do Departamento de Habitação de Diadema, Josemundo Dário Queiroz, afirmou que, das 20 mil unidades de habitação em déficit no município, 3,8 mil foram constatadas por meio de levantamento da Prefeitura junto a moradores de áreas de risco e favelas. O restante, segundo ele, foi obtido em cadastros feitos por 12 associações do município que atuam junto a famílias de baixa renda que tentam se livrar do pagamento de aluguel.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mauá, o município tem uma carência de 8 mil unidades habitacionais. O índice, segundo a assessoria, foi apurado em levantamento feito entre 1998 e 1999 por meio de cadastro feito com pessoas interessadas em adquirir casa própria. A assessoria não informou quais são as áreas mais atingidas pelo déficit.

Em Ribeirão Pires, segundo a gerente de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura, Mara Carbonari Costa, a falta de habitação no município atinge cerca de 850 famílias que moram de forma irregular áreas de proteção ambiental. Ela disse que boa parte da carência de casas se concentra em duas favelas que ficam na divisa com Mauá.




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