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SOS Bairros - Terreno vira foco de carrapatos e ratos
Por Vanessa Selicani
Especial para o Diário
25/04/2007 | 07:08
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Vila Guaraciaba/Santo André
O aposentado Alfredo Francisco Berneira, 54 anos, guardou cerca de 200 carrapatos em um pote que levou para a Prefeitura no começo do ano. Os bichos vêm do terreno vizinho, na Rua Antônio Austregesilo, na altura do número 211.

“É quase a Mata Atlântica logo aqui ao lado. E esses carrapatos ‘caminham’ tranqüilamente de casa em casa, sem falar nos ratos e baratas”, reclamou.

O morador começou a guardar os carrapatos há mais de um ano, quando sua esposa achou um andando pela garagem. “Encontramos até o do tipo Estrela. Eles são grandes e correm muito, mas estamos atentos porque esse tipo de inseto é perigoso”.

O proprietário do terreno guarda uma pilha de madeiras durante todo o ano para serem usadas em junho, na festa de São João, junto com um pau- de-sebo. A ocasião é a única data em que o local é limpo.

O terreno é também a casa de cerca de sete galinhas. “A toda hora alguém vem jogar pão para elas. A comida fica acumulada, e os ratos aproveitam também”, contou Berneira.

O quintal do aposentado está cheio de fezes de rato. Ele diz que faz requisições de limpeza no terreno desde janeiro.

A Prefeitura informou que o proprietário do imóvel ainda não foi notificado, mas que a providência será tomada.

Se após notificação e multa o imóvel permanecer sujo, será novamente notificado e multado, com o dobro do valor, até que a irregularidade seja resolvida. (Supervisão de Artur Rodrigues)

Jardim Cruzeiro/Mauá
Uma cruz e os dizeres IML de cachorro dão noção do que se passa pelo terreno municipal da Rua João Carlos Targas Junior.

Para os moradores, os cadáveres de animais são coisa pequena quando lembram que até corpo humano foi encontrado em meio ao matagal que ali se formou.

“Olha esse saco plástico, parece que tem sangue. Vai saber o que tinha enrolado aí”, mostra a dona de casa Maria Tertulina da Silva, em meio ao lixo espalhado pelo lugar.

No meio do terreno, uma clareira aberta. De acordo com a vizinhança, trata-se de um motel improvisado. Até colchão e travesseiro há no local. Para andar pela área, é melhor tomar cuidado e não tropeçar em alguma camisinha deixada para trás.

Tamanha imundície é prato cheio para os ratos que passaram a frenqüentar as casas e circular pelas ruas.

Cansado de esperar, um comerciante pagou o corte do mato próximo de seu estabelecimento. Foi pelo menos um quilômetro de área limpa.

“Queremos que esse terreno seja limpo e o espaço melhor aproveitado”, reivindica o presidente da Associação de Moradores do Jardim Cruzeiro, João Marcos de Souza.

Quanto à limpeza do terreno, a Prefeitura não informou data, mas garantiu que o serviço será feito nos próximos dias.

Jardim Calux/São Bernardo
A falta de zelo pela praça construída na Rua Atílio Locatelli deixa os moradores sem entender o porquê de a área ter sido deixada de lado pelo poder público.

A auxiliar-administrativo Aniele Mariani Oliveira lamenta que trechos próximos tenham sido contemplados com o corte do mato e a área de lazer, não. “Fizeram limpeza nas redondezas, menos aqui. Puxa, o mato já está do meu tamanho!”, reclama Aniele.

Além da vegetação que atrapalha a passagem dos pedestres, outra frustração dos moradores é conviver com a área de esportes e as pistas de skate degradadas.

Como na maioria dos locais abandonados, a praça não foge à regra e acaba recebendo bastante lixo e entulho. “Fizemos abaixo-assinado pedindo melhorias, mas não deu em nada”, conta a auxiliar-administrativo.

Antes de começar qualquer intervenção, a Prefeitura informou que enviará uma equipe ao bairro para averiguar as condições da praça.

Fundação/São Caetano
O recapeamento da Rua Rio Branco, no final do ano passado, e o entupimento da única saída de água pluvial fazem com que a água escoe para dentro das casas.

Do canal entupido, saem um cheiro forte e muitas baratas. O recapeamento fez com que a rua ficasse mais elevada que a calçada. Os moradores já contam 444 dias desde a primeira reclamação à Prefeitura.

“Quando mandam alguém para ver o problema, imploramos para que venha uma solução. É uma situação patética”, reclamou.

A Prefeitura informou que conhece o problema e que está estudando uma solução, ainda sem prazo, para ser implantada.



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