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Médico do Incor diz ter sido mal interpretado
Do Diário OnLine
Com Agências
09/12/2004 | 14:10
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O cardiologista Edimar Bocchi, responsável pelos exames do zagueiro Serginho no Incor (Instituto do Coração), prestou depoimento nesta quinta-feira no 34º Distrito Policial de São Paulo, na Vila Sônia. Ele falou que foi mal interpretado na nota que assinou com o médico do São Caetano, Paulo Forte, onde atribuía a morte do atleta a uma "fatalidade".

No depoimento prestado no dia 19 de novembro, Bocchi afirmou ter alertado diversas vezes o jogador e o médico do São Caetano sobre o risco de morte caso Serginho continuasse jogando futebol. No dia 30, porém, o médico do Incor assinou a nota conjunta com Paulo Forte apresentando a nova versão.

O advogado de Bocchi, Arthur Doly, disse que seu cliente se arrependeu de ter assinado a nota. O delegado titular do 34º DP, Guaracy Moreira Filho, e o promotor Rogério Leão Zagallo participaram do depoimento desta quinta.

Depois de ouvir Bocchi, Zagallo disse que o médico do Incor é um profissional "acima de qualquer suspeita", que teria sido enganado "ingenuamente" pelo São Caetano para assinar a nota. Ele avaliou que a situação de Paulo Forte e do presidente do clube, Nairo Ferreira, se complicou após este depoimento.

O Ministério Público pode pedir o indiciamento de Nairo e Paulo Forte por homicídio doloso, que acontece quando há intenção de matar ou quando se assume o risco de que morte pode acontecer.

Seguro- De acordo com o promotor Rogério Leão Zagallo, o zagueiro Serginho fez um novo seguro de vida 22 dias antes de sua morte. A atitude poderia ser uma indicação de que o atleta sabia do risco de morte que corria.

O seguro, feito no BankBoston, previa indenização de R$ 300 mil em caso de morte. Serginho já tinha um seguro no Banespa desde 2001, mas seu valor foi aumentado no segundo semestre de 2004.




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