Apesar de tantas solicitaçoes, o BNDES emprestou somente R$ 9,5 bilhoes às empresas no período, volume 15% superior ao total concedido entre janeiro e julho de 1999. O setor mais beneficiado pelos empréstimos do banco foi a indústria de transformaçao, que recebeu recursos da ordem de R$ 4,2 bilhoes. Mas o total representa queda de 4% em relaçao ao mesmo período do ano passado. Já o setor de infra-estrutura, em segundo lugar, recebeu R$ 3,2 bilhoes, um crescimento de 46% em relaçao a 1999.
"Esse número está refletindo pedidos aprovados no ano passado, principalmente do setor de telecomunicaçoes, que logo depois da privatizaçao fez muitas solicitaçoes de empréstimos ao banco", afirmou Fonseca. O crescimento dos empréstimos para infra-estrutura - como energia elétrica - é um bom sinal, de acordo com o economista Salomao Quadros, da Fundaçao Getúlio Vargas. Isso porque o crescimento industrial está aumentando a demanda por energia e se nao forem realizados investimentos há risco de blecaute.
Os projetos para o setor social, que está na lista de prioridades do BNDES, receberam recursos da ordem de R$ 728,8 milhoes nos primeiros sete meses de 1999, volume 42% superior comparado a 1999. "O volume de financiamentos para o social é pequeno porque o número de pedidos também é", explica o superintendente do banco.
As indústrias de papel e celulose e de produtos químicos foram as que registraram crescimento mais representativo do volume de empréstimos solicitados ao BNDES de janeiro a julho de 2000. Os pedidos dos segmentos cresceram 454% e 257% respectivamente.
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