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CBB define Brasileiro e deixa Paulista na berlinda em 2007
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
09/08/2006 | 08:29
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O presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, o Grego, e os dirigentes de 35 clubes se reuniram nesta terça-feira, em São Paulo, para definir os rumos do basquete masculino. Embora a meta seja esvaziar o torneio da NLB (Nossa Liga de Basquete), quem poderá sair enfraquecido é o Campeonato Paulista. O período de disputa do Brasileiro – previsto para acontecer entre os dias 10 de novembro deste ano e 19 de junho de 2007 – entrará em conflito com o Estadual, que geralmente é disputado no primeiro semestre. “O calendário ficará apertado. Será difícil para os clubes conseguirem atuar em dois campeonatos difíceis simultaneamente”, afirmou o coordenador da modalidade em São Caetano, Emerson Tadielo. Para ele, algumas agremiações poderão optar por um dos torneios.

O dirigente revelou que ainda não sabe qual posição será tomada pela cidade. Ele preferiu esperar pela reunião que ocorrerá nesta quinta-feira, na Federação Paulista. Os principais clubes que disputaram o torneio da NLB e da CBB querem discutir todas as propostas apresentadas para afastar o esporte da crise. Os dirigentes de Santo André também adotaram a cautela e só se pronunciarão após o segundo encontro.

Para amenizar o conflito de calendário, os clubes propuseram a realização do Nacional com duas divisões. Os critérios de acesso, descenso e formato de disputa serão estabelecidos por um grupo formado por 13 agremiações, que saíram fortalecidas da reunião. Grego aceitou delegar maior poder de decisão ao grupo, que deverá elaborar o formato do Nacional 2006/2007. A comissão será formada pelo Universo, Paulistano, Pinheiros, Rio Claro, Franca, Limeira, Flamengo, Espírito Santo, Joinville, Bandeirante, Ulbra, Minas e Londrina.

 

CBB x NLB – A crise da modalidade começou com a criação da NLB pelos ex-astros do basquete, Oscar, Paula e Hortência, em março de 2005. A entidade surgiu com a missão de dar mais força política às equipes. Em represália, a CBB impediu os clubes filiados à NLB de disputarem o Nacional. Revoltadas, as agremiações entraram na Justiça Comum e conseguiram o direito de jogar o Brasileiro, que terminou sem campeão.

Por causa disso, três patrocinadores peso-pesados abandonaram o barco: o COC, de Ribeirão Preto, a Telemar e a Universidade Salgado de Oliveira (Universo). Cansados de esperar uma solução entre os dirigentes da NLB e CBB, os clubes haviam decidido se reunir nesta quinta-feira, mas Grego se antecipou e optou por definir o Nacional antes do encontro das agremiações.




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