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Projetos paulistanos injetam R$ 8,3 mi no teatro e cinema
Por Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
29/09/2002 | 20:15
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A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, por meio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro (instituído pela lei nº 13.279, de 2002) e do Concurso de Co-Patrocínio de Cinema, destinará R$ 5,87 milhões a produções teatrais e outros R$ 2,43 milhões para o cinema. O anúncio oficial dos projetos agraciados por meio desse projeto será realizado terça-feira no Theatro Municipal de São Paulo, com a presença da prefeita Marta Suplicy e do secretário municipal de Cultura, Marco Aurélio Garcia.

Entre os 23 projetos de teatro selecionados, estão os dos grupos Cemitério de Automóveis, Folias D’Arte, Latão, Oficina, Ventoforte e Vertigem.

Sebastião Milaré presidiu a comissão julgadora. Duas companhias ligadas ao Grande ABC estão entre as 23: Fraternal de Arte e Malas-Artes, que conta com o diretor Ednaldo Freire e com o dramaturgo Luís Alberto de Abreu; e a Estável, originada em São Caetano. Em contrapartida ao incentivo financeiro, os grupos tiveram de acoplar ao projeto ações sociais voltadas ao resgate da cidadania.

A Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes receberá R$ 234 mil para a realização do Auto do Migrante. “O projeto envolve 15 famílias de migrantes. A idéia é conversar, conhecer seus processos de vida, saber porque vieram para o Sudeste, como estudavam, como eram as festas, o dia-a-dia”, afirma o ator Aiman Hammoud.

A partir do material recolhido pela pesquisa, Abreu escreverá o texto da peça, que estrerá em 2003 e terá entrada franca. “Também desenvolveremos uma série de oficinas, abertas à comunidade, dentro da linguagem pesquisada”, diz.

A Cia. Estável dará continuidade ao projeto Amigos da Multidão, pelo qual transformou o Teatro Flávio Império, que permanecia entregue às moscas, num ponto de encontro dentro de um contexto artístico-social. “O projeto engloba duas montagens com entrada franca. Uma é Quem Casa Quer Casa, de Martins Pena. A outra é Circo Estável, a história do circo por meio da visão do artista, o que acontece quando ele não está no palco”, afirma a atriz Jhaíra.

Paralelamente, prossegue o programa de formação sócio-cultural implantado pelo grupo, com oficinas e apresentações gratuitas fechadas para escolas.

O Concurso de Co-Patrocínio de Cinema foi dividido em cinco modalidades (desenvolvimento de roteiros de longas-metragens; produção de longas-metragens e telefilmes; produção de curtas-metragens; finalização de longas-metragens e documentários; e produção de documentários para TV). Foram premiados cineastas como Andrea Tonacci, Joel Pizzini, Sérgio Bianchi e Suzana Amaral. Beto Brant, Djalma Limongi Batista (professor da Escola Livre de Cinema e Vídeo, de Santo André) e Eduardo Coutinho, entre outros, integraram as comissões julgadoras.




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