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Da ribalta para o celulóide
Por Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
15/11/2005 | 09:01
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O Centro Cultural São Paulo inicia nesta terça a mostra O Teatro no Cinema, na qual expõe a elasticidade das duas linguagens que compartilham a dramaturgia como fundamento. Uma iniciativa bem-vinda nestes dias em que o circuito paulistano acaba de receber Manderlay, o filme de Lars von Trier que planifica teatro e cinema em sua mise-en-scène. Mas incompleta, ao não elencar para a programação Henrique V (1944), filme de Laurence Olivier adaptado de Shakespeare que talvez seja o mais bem-executado exercício de contrastar teatro e cinema e de como ambas as manifestações podem se equalizar na representação de um texto.

Tudo bem, não tem Henrique V, mas do mesmo Olivier tem Hamlet (1948), filme que inaugura a mostra do CCSP nesta terça. A história do príncipe dinamarquês que finge inconsciência para vingar o assassinato do pai mereceu várias adaptações no cinema e a de Sir Laurence está entre as mais famosas.

Em seguida, a mostra exibe os dois primeiros episódios de O Teatro segundo Antunes Filho, série em seis episódios, dirigida por Amílcar Monteiro Claro, que documenta o processo de preparação de atores do diretor teatral enunciado pelo título em seu CPT (Centro de Pesquisa Teatral).

Para fechar o dia, uma obra indispensável: o Fausto (1926) de F.W. Murnau, filme alemão baseado no texto de Goethe que narra a saga do personagem-título para administrar um pacto com o demônio que lhe garantiria juventude eterna.

Em cartaz até o dia 27, a mostra exibirá uma série de filmes importantes para o tema proposto, como Uma Rua Chamada Pecado (de Elia Kazan), Bodas de Sangue (Carlos Saura), Dogville (von Trier), Jesus Cristo Superstar (Norman Jewison), Medéia de Pasolini, Ricardo III – Um Ensaio (Al Pacino) e Mephisto (István Szabó).




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