Prenúncio de festa em Belo Horizonte. O líder Cruzeiro tem tudo para antecipar o título brasileiro diante do Paysandu, às 16h deste domingo, no Mineirão. O favoritíssimo time de Wanderley Luxemburgo soma 91 pontos, contra 85 do Santos. Na antepenúltima rodada, até a eventual derrota ou mesmo um empate poderiam garantir a inédita conquista na história do clube. Neste caso, seria preciso que o Santos, mais direto perseguidor, tropeçasse no Goiás.

A perspectiva de comemorar a Tríplice Coroa – na atual temporada, ganhou o Estadual e o tetra na Copa do Brasil – levou a torcida celeste a esgotar neste sábado os 73.355 ingressos colocados à venda na capital mineira.

O clima é de uma verdadeira decisão. No entanto, o técnico Luxemburgo não admite nenhum tipo de euforia e bate na velha tecla do “respeito aos adversários”. O retrospecto não mente. O Cruzeiro não se esquece de três malditas decisões nacionais. É claro que os rivais eram bem mais fortes. Em 1974, quase chegou lá, mas parou no Vasco. Em 1975, o algoz era o Internacional. Em 1988, não resistiu ao Corinthians nos dois confrontos.

Agora, o Cruzeiro igualmente liga o sinal de perigo para evitar “outra pedra no sapato” colocada pelo Paysandu, que o derrotou na final da Copa dos Campeões do ano passado e o tirou da Libertadores da América.

Luxemburgo aposta no experiente Zinho para compensar a ausência da principal estrela do Cruzeiro, o meia Alex, que cumpre suspensão. Assim, espera que a equipe não perca ol equilíbrio. Aparentemente, ele não dá ênfase a uma provável marca pessoal – a de talvez superar os três títulos de Rubens Minelli e Ênio Andrade. “O futebol me entusiasma. Estou sempre motivado, mas os recordes não me preocupam”, disse Luxemburgo.

Outros Jogos – Em Santa Catarina, às 16h, o Criciúma recebe o agonizante Grêmio. No Castelão, no mesmo horário, o Fortaleza tenta aliviar o sufoco diante do Paraná Clube. Às 17h, no Barradão, o Vitória cumpre tabela contra o Coritiba, que permanece na luta para participar da Libertadores.