Palavra do Leitor Titulo
Cyberbullying: violência e sofrimento

Com o advento da internet e a recente popularização dos computadores pessoais e smartphones, deu-se o ponto de partida para surgir o cibridismo

Por Dgabc
20/10/2012 | 00:00
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Artigo

Cyberbullying: violência e sofrimento

Com o advento da internet e a recente popularização dos computadores pessoais e smartphones, deu-se o ponto de partida para surgir o cibridismo, característica marcante do século 21. O termo ‘ciber' (digital) mais híbrido (mistura) designam a fusão dos mundos físico e virtual, que só é possível com ajuda da tecnologia. Em certo sentido, podemos dizer que não existe mais só uma realidade para cada um, pois o físico se funde com o virtual.

Tal fenômeno impacta de modo contundente, especialmente a vida de crianças e jovens. Ambos são chamados de nativos digitais, já que nasceram em um mundo mergulhado em tecnologia. Como nessa idade a escola ocupa lugar central em suas vidas, esse espaço tem importante papel no desenvolvimento psicossocial, reverberando no cyberespaço vários aspectos do âmbito escolar, em especial a violência. Na maioria dos casos, essa é a matriz geradora do cyberbullying, termo composto pelas palavras cyber e bullying, tendo bully sentido próximo a ‘valentão'.

Episódios de violência, sofrimento e humilhação na escola caracterizam o bullying, revestindo-se de componente ainda mais perturbador no contexto do cyberbullying, modalidade de agressão no mundo virtual. Quando há episódio qualquer de violência no mundo real, os agressores são facilmente identificados e confrontados, pois os envolvidos são pessoas físicas, identificáveis. No caso da ‘perturbação on-line', a situação é mais complexa. A identificação dos agressores é mais difícil, pois seu autor pode criar perfil falso em blogs, Twitter ou Facebook, tornando seu combate complexo e perturbador.

Segundo especialistas, a crescente escalada do cyberbullying está ligada a uma cultura individualista e competitiva, que marca o advento da sociedade contemporânea. O combate a esse fenômeno será mais exitoso se a interferência dos protagonistas do espaço escolar - pais, professores, gestores e comunidade - for maior. Defendo o estímulo à convivência com o diferente e a construção de práticas solidárias, por meio do exercício da cidadania, de atividades esportivas e manifestações artísticas.

A tarefa dos pais também é criar laços de proximidade na vida dos filhos que não se restrinjam ao mundo físico. Isso, além de acompanhar de perto o mundo virtual deles por meio de diálogo, convívio e cumplicidade, protegendo-os de ameaças virtuais da mesma forma como se preocupam com sua integridade física.

Claudio Paris é licenciado em Ciências e Biologia, pós-graduado em Educação pela USP, professor e músico.

Palavra do leitor

Sai logo, Zé!
Na iminência de ser condenado a pena superior a oito anos e ter, portanto, de cumpri-la em regime fechado, talvez José Dirceu devesse fazer como seu amigo Cesare Battisti e pedir asilo político em algum país que esteja sendo governado por pseudodemocratas, do tipo que diz estar com o povo e com a lei, mas que, ao primeiro sinal de oposição, mostram sua face autoritária e partem para a censura e para a desqualificação dos que não lhes são coniventes. Sugiro Cuba.
Antônio Cesar Scopel
São Bernardo

Pode cobrar!
Foi noticiado por este Diário que receberemos Geraldo Alckmin em nossa região a fim de apoiar candidaturas a prefeito em Santo André e Mauá (Política, dia 18). Solicito aos candidatos agraciados com a nobre visita que não se esqueçam de cobrá-lo para que seja revista a descabida mudança do destino final da Linha 10-Turquesa da CPTM para o Brás, que tantos transtornos diários causa aos usuários, principalmente das duas cidades citadas. Desse modo, o governador mostraria consideração aos moradores do Grande ABC e não só aos candidatos.
José Mário Pinotti Filho
Mauá

Artigo
Muito interessante e oportuno o tema abordado no Artigo de Roberto Saraiva Romera (Opinião, dia 13). Acredito que onde houver atividade que envolva interesse público deve haver intervenção, maior ou menor, na mesma proporção desse interesse. No Brasil, temos as agências reguladoras: Aneel, Anac, Anatel, ANP, ANTT e tantas outras, incluído o Banco Central, que autoriza e fiscaliza o funcionamento dos bancos. Enfim, toda essa gente é paga por nós para defender o interesse público. Apesar de tudo, sabemos da péssima qualidade do atendimento das empresas de telefonia, dos preços da energia elétrica e dos combustíveis, da qualidade da infraestrutura das nossas rodovias e, em especial, do atendimento impune dos nossos bancos, com filas intermináveis. O problema, então, não é tanto o econômico e, sim, no fim da cadeia, objetivar a melhoria da qualidade de vida. Faltam administradores públicos competentes, que façam acontecer, cumprindo as funções dos órgãos que administram, sem se dobrarem ao interesse econômico. Com bons administradores tudo se resolve, inclusive o econômico.
Evaristo de Carvalho Neto
Santo André

Limpeza
Fico profundamente preocupada e triste quando constato que a paixão partidária tem turvado alguns olhos, impedindo desta forma a visualização da verdade. Nem sempre num processo de corrupção a falta de provas é garantia de inocência. É necessário que todos os partidos políticos tenham o discernimento e a coragem de cortar a própria carne e extirpar de uma vez por todas da vida pública os políticos que se aproveitam de seus cargos e conhecimentos para tirar vantagem para si, alimentar suas vaidades e sua ânsia de poder e, desta forma, maculam a boa-fé de muitos homens e mulheres de bem e que lutam para defender suas ideologias. Alguns maus militantes partidários já foram julgados pelas urnas, porém caberá a todos os partidos a limpeza profunda em seus quadros para que a população volte a acreditar e principalmente confiar na política. Eu, particularmente, não voto em partidos, voto em histórico, propostas e principalmente em caráter.
Malu Lopes
Santo André




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