Artigo

O julgamento do Mensalão está por terminar, no STF (Supremo Tribunal Federal). Personagens do mesmo caso são condenados em primeira instância, em Minas Gerais, e o ex-governador (cassado) José Roberto Arruda é processado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) junto com outros 37 denunciados, pelo desvio de mais de R$ 1 bilhão dos cofres do Distrito Federal, no esquema que ficou conhecido como Mensalão do DEM. Ao julgar e condenar figurões até agora tidos como acima do bem e do mal, a Justiça proporciona outro ânimo à sociedade brasileira, tomada pela apatia e descrédito nos políticos, nas autoridades e até nas instituições.

A condenação dos caciques responsáveis pelos malfeitos exaustivamente apurados pela Polícia Federal e MPF, processados pela Justiça, devolve ao cidadão comum um pouco da crença de que nem tudo está perdido. A divergência entre os ministros, em vez de deslustrar o processo, confere-lhe viés de liberdade e a visão de que cada um dos julgadores age conforme o próprio convencimento e provas disponíveis nos autos. Só isso nos leva à conclusão de que as penas serão aplicadas em consonância com o dolo ou culpa de cada um e de acordo com o prescrito na legislação brasileira. Hoje é secundário saber se esse ou aquele réu vai pegar cadeia, prisão domiciliar ou qualquer outro tipo de punição. Somos levados a crer que o colegiado aplicará aquilo - nada mais nada a menos - que a lei penal especifica e assumirá a responsabilidade moral perante a sociedade. Ficará o seu exemplo para cumprimento por todas as cortes e juizados singulares deste País, em relação aos demais processos do gênero.

Mais até do que o trancafiamento desse ou daquele, a sociedade espera com vivo interesse providências para a restituição das somas que os réus sacaram indevidamente dos cofres públicos. Processos que tramitaram contra fraudadores e outros ladrões do erário tiveram, até agora, baixa recuperação dos recursos desviados. Para sentir-se protegido de fato, o brasileiro comum aguarda que todos os réus de processos de corrupção sejam despojados de seus bens e que os beneficiários do dinheiro sujo também sejam trazidos para o bojo do processo de recuperação e respondam com seu patrimônio. Assim, retornando à origem, os recursos poderão, finalmente, ser aplicados em favor do povo, seu único e verdadeiro dono. Com essa tarefa cumprida, poderemos até dizer, sem exagero, que conquistamos nova República.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Na calada da noite

Eu, como moradora e eleitora de Santo André, estou indignada com tamanha invasão por parte do prefeito Aidan Ravin! Sou moradora da Vila Guiomar e durante a madrugada fui contatada via telefone exatamente às 3h por mensagem infeliz do candidato pedindo meu voto! Perdi minha noite de sono por conta dessa estupidez, pois a essa hora da madrugada um telefone tocando apavora qualquer pessoa de bem! Conversei com outras pessoas que passaram pelo mesmo problema, em horários bem parecidos. No Facebook, as mensagens estão aparecendo, pessoas reclamando das ligações na madrugada.

Vanessa Silva, Santo André

Playarte

Fui ao Playarte do Shopping Metrópole, em São Bernardo, no sábado à tarde para assistir ao filme 007 na sessão das 15h, mas o acesso à sala só foi liberado às 15h05, pois estavam exibindo outro filme. Fiquei surpresa ao notar a presença de crianças com idade entre 6 e 8 anos assistindo a filme cuja censura é de 16 anos. Foi a segunda vez que fui desde que reabriu. Os atendentes do cinema são inexperientes e não têm pulso para resolver problemas. No fim da sessão perguntei a um dos atendentes se ele sabia da faixa etária permitida para o filme, e percebi que ele não entendeu a pergunta. O cinema está querendo retorno do investimento da reforma e não está nem aí para fiscalizar a entrada de menores para filmes adultos.

Keiko Sakata, São Bernardo

Pêsames

Infelizmente o PT venceu! Agora precisamos rezar para não instalar aqui um ‘mensalão paulista', além do que, tem de ficar claro aos petistas que o Kassab não é do PSDB. Como o PT é o partido da barganha e da corrupção, e tudo indica que o Kassab vai ganhar um ministério da Dilma (Transportes), então quem perdeu não foi o PSDB, e sim a cidade de São Paulo, por trazer corruptos para cá. Meus pêsames!

Mustafa Baruki, Capital

Parabéns!

Cumprimento todos os vencedores em todas as prefeituras do País. No entanto, aqui no Brasil, todos sabemos que existe o tal de pluripartidarismo, que nada mais é do que enxame de partidos políticos. Se é bom ou mal, não sei. Como Lula bem disse com muita propriedade, antes de o PT assumir tinha-se medo ao exagero da legenda. Principalmente depois das mortes de Celso Daniel e de Toninho do PT, de Campinas. As pessoas têm muito medo de sangue, morte, roubo, violência e, obviamente, de bandidos. O poder é bom, mas muitas vezes embrutece. É o caso da militância petista e a truculência de outros partidos. De qualquer forma, desejo bom mandato a todos os prefeitos e vereadores eleitos.

Edson Rodrigues, Santo André

Viva São Paulo!

São Paulo ‘namorou' Celso Russomanno, ‘noivou' com José Serra e acabou se ‘casando' com Fernando Haddad. Agora, não ‘até que a morte nos separe', mas pelos próximos quatro anos. Que prefeito teremos? O da propaganda eleitoral, das promessas fáceis, de apoios um tanto duvidosos, militante fiel, tido como super-herói ou de pés no chão, enfrentando a realidade, não mais virtual, mas a real, governando para todos, petistas e não petistas, premiando a competência e não somente a militância e que tenha a capacidade de deixar a cidade melhor do que a está encontrando. Boa sorte. Bom trabalho.

Luiz Nusbaum, Capital

Vigilantes

Como não adianta chorar em cima do leite derramado, só me resta desejar, para o bem da minha querida São Paulo, que o prefeito eleito conduza sua gestão de maneira bem mais eficiente do que aquela que marcou sua passagem pelo Ministério da Educação. De qualquer forma, nós, os 44% de paulistanos que não votamos em Haddad, estaremos vigilantes e torcendo pelo bem da nossa amada cidade.

Mara Montezuma Assaf, Capital