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Avós ajudam a criar os filhos das mães policiais
Evandro de Marco
Do Diário do Grande ABC
18/10/2009 | 07:06
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Mulheres, mães, donas de casa. Elas assumem vários papéis durante o dia e tentam conciliar a vida agitada na polícia com a família. Em grande parte das vezes, os avós são ‘acionados' para assumir o cuidado das crianças, entre uma ocorrência e outra.

A delegada Kátia revela que sempre contou com a ajuda de seus pais para cuidar dos três filhos e que, até agora, consegue dar atenção a eles. "Meu marido também é policial e dá uma força. Mas dificilmente os homens têm paciência e habilidade, por exemplo, para ajudar na alfabetização das crianças. Sempre dou um jeito de acompanhar meus filhos e fazer lição com eles", afirma a policial, que também é formada em pedagogia.

Chefe dos investigadores da Dise, a policial Carla Nastri Zibellini foi mãe no ano passado. Ainda não tem o desafio de auxiliar na alfabetização da filha, mas conta apenas com a ajuda de uma babá para ficar com a criança quando o telefone toca no meio da noite chamando-a para um caso urgente. "Essa semana, ela (a babá) pediu demissão. Estou ficando maluca para encontrar outra o mais rápido possível. Sorte que minha filha está com a minha mãe, com quem ela passa o dia para eu trabalhar."

A delegada seccional de São Bernardo, Elaine Maria Biasoli Pacheco, também teve de contar com a ajuda dos pais para criar os dois filhos. "Quando entrei para a polícia, minha mãe estranhou. Mas depois acabou se acostumando e, junto com meu pai, me ajudou muito, porque não é fácil. Meu filho mais novo tinha apenas 6 meses quando comecei a carreira de delegada."

A preocupação em preservar a família também existe o tempo todo. Elas sabem que podem ser alvo dos bandidos e tentam afastar, a qualquer custo, o perigo que pode rondar os filhos. "Nós temos mais cuidados com os lugares onde eles vão e as pessoas com quem andam. Minha filha nunca disse na escola que eu era policial", comenta Irani, delegada assistente da Seccional.

Embora exista grande admiração pela profissão das mães, os filhos parecem preferir outro tipo de vida e costumam escolher caminhos bem diferentes.

MÃE COM ARMA - Caso raro é o dos filhos de Kátia. Os dois filhos mais velhos dela já demonstraram interesse em ser policiais. "O maior (14 anos) entende mais de armas do que eu. Quando as professoras pediam para os alunos desenharem as mães, os meus filhos me faziam segurando uma arma enorme", brinca.

 




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