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Mariano Barreto fala sobre o São Caetano e ainda espera chance

Técnico português exalta Azulão e conta sobre visita à sede do clube, quando inclusive foi apresentado a funcionários e conheceu estrutura

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
23/12/2020 | 00:01
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Divulgação


Há 20 dias, o Diário trouxe reportagem sobre a negociação do São Caetano com o técnico português Mariano Barreto, em informação que inclusive repercutiu internacionalmente. A situação esfriou, mas ontem o técnico admitiu que em determinado momento chegou a acreditar que já estava tudo certo e que ele seria o comandante azulino no Campeonato Paulista de 2021.

A vinda do treinador estava atrelada à parceria entre o São Caetano e uma empresa que investiria e assumiria a gestão do futebol. A negociação, porém, não avançou – segundo os empresários que estavam à frente – por diferenças com o presidente da São Caetano Futebol Ltda, Nairo Ferreira de Souza.

“O São Caetano é um clube que tem nome, camisa. Estivemos reunidos e tudo apontava que seguiriam em frente. Mas parece que existem conflitos internos. Gostei muito de conhecer o Nairo, ele nos apresentou aos funcionários, mostrou as instalações do clube. Não sei o que aconteceu”, explicou Mariano Barreto. “O Padua (Tortorello, presidente do conselho deliberativo e que está à frente da AD São Caetano até as próximas eleições) queria que eu fosse o treinador. O Nairo gostou muito, inclusive, da ideia de internacionalizar o clube, disputar o torneio na Turquia durante a pré-temporada, na segunda quinzena de janeiro”, explicou o técnico, que já disputou a competição pelo Dínamo de Moscou, da Rússia, como auxiliar, e do St Stumbras, da Lituânia, como treinador principal.

Na época da visita de Mariano Barreto à região, Nairo Ferreira de Souza confirmou que o havia recebido na sede poliesportiva são-caetanense e chegou a elogiar o trabalho do treinador, a quem admitiu conhecer previamente. Inclusive o presidente deixou em aberto a possibilidade de um acerto com o treinador português.

Mariano Barreto se mostrou empolgado em assumir o São Caetano porque seria o responsável pela montagem do time. “Pegar a equipe do zero é o tipo de desafio que gosto. Porque pegar um time pronto, com grandes jogadores, é diferente”, explicou o técnico, que estaria na contramão de alguns compatriotas que vieram ao Brasil recentemente, como Jorge Jesus e Ricardo Sá Pinto.

O treinador retornou a Portugal, onde passará as festas de fim de ano, mas segue em busca de oportunidade por aqui. “Fiz contatos com outros clubes”, admitiu ele, que espera poder ter essa chance em terras tupiniquins. “As características dos jogadores brasileiros me fascinam. Tenho esperança de poder agarrar num jogador brasileiro de talento para que possa ser no futuro o melhor do mundo, tal como o Figo, que foi meu jogador por seis anos. Minha grande dúvida é justamente essa: por que não aparecem mais brasileiros entre os melhores do mundo? O que acontece?”, questionou o treinador lusitano, que aponta Neymar como único candidato ao posto. “Tem talento e qualidade.” 




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