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Venda de móveis despenca 20% na região
Por Michele Loureiro
Especial para o Diário
30/07/2007 | 07:05
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Comprar móveis não parece ser a prioridade dos consumidores da região. Desde fevereiro, os lojistas do ramo registram quedas de até 20% nas vendas.

"Quando as pessoas receberam o 13º salário, em dezembro passado, investiram na compra de móveis, mas depois que esse dinheiro se esgotou. Desde então as vendas ficaram ruins”, diz o presidente do Sindicato de Móveis de São Bernardo, Hermes Soncini.

"As pessoas têm outras prioridades hoje e comprar móveis acaba sendo uma das últimas opções de consumo. Primeiro vem o carro do ano, a TV de plasma, a viagem no feriado”, relata Soncini.

Com a loja de móveis como única fonte de renda, a comerciante Anelise Camel, que trabalha na Rua Jurubatuba, em São Bernardo, principal concentração de estabelecimentos comerciais do gênero no Grande ABC, se diz desapontada com o negócio.

"Já estou beirando o desespero. Não sei mais o que fazer para atrair clientes”, diz.

Como os móveis são bens duradouros, a situação fica ainda mais complicada. “As pessoas demoram em torno de quatro a oito anos para trocar a mobília, ao contrário do carro, por exemplo, que é trocado anualmente”, diz Hermes.

Outra causa apontada pelo presidente do sindicato é o alto comprometimento que a população tem com as dívidas.

"Cerca de 57% da população já têm o orçamento comprometido para pagar dívidas de primeira necessidade”, afirma ele, destacando recente pesquisa da Fecomercio-SP.

DESCONTOS - Para tentar driblar a queda no movimento, as lojas fazem liqüidações e facilitam os pagamentos. É o caso do Shopping SBC Móveis, onde é possível encontrar lojistas dando descontos de 10% nas compras à vista e dividindo a compra em até 10 vezes sem juros. “Só assim para atrair clientes”, diz Soncini.

(Supervisão de Fernando Bortolin)




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