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Obra abandonada gera bloqueio de via pública em Santo André

No Jd.Cipreste, barranco de terra com acúmulo de entulho impede a passagem de veículos

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
25/10/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Segundo o dicionário, rua é parte do espaço público de uma cidade por onde trafegam veículos, circulam pedestres, e está margeada, à direita e à esquerda, por casas e prédios. No entanto, esta não é a situação de quem vive na Rua Tapuana, no Jardim Cipreste, em Santo André. A paralisação de obra de asfaltamento da via pública, há cerca de três anos, gerou barranco de terra e, consequentemente o bloqueio do espaço devido ao acúmulo de entulho.

O pedreiro Lourival Pereira dos Santos, 47 anos, mora há 20 anos no local e revela que os moradores descem a rua com medo de escorregar e cair. “Há um tempo, estavam colocando cascalho ali no local, mas deixaram abandonado e os moradores aproveitaram para jogar terra”, aponta.

O agente de Saúde Aparecido Martins, 57, demonstra indignação pelo fato de as linhas municipais não conseguirem acessar a área. “Tudo o que foi feito parou. A rua aberta facilitaria, porque o ônibus poderia passar. Ficaram de terminar, mas nunca mexeram. Cada dia que passa vai ficando pior.”

Na opinião do desempregado Manoel Messias dos Santos, 53, a rua está “largada, assim como a população do local, que não recebe atenção”. “Jogam terra, entulho e a gente sofre com isso. Os ratos aparecem nas casas e é um transtorno. Ninguém faz nada pela gente. Não temos mais com quem falar”, ressalta o morador da área há 16 anos.

Por meio de nota, a Prefeitura de Santo André esclareceu que a obra foi paralisada por conta do lançamento de terra na via pública, que sustenta uma casa construída irregularmente. Conforme a administração, para que seja feita a remoção do material será necessária a construção de um muro de arrimo, o que não foi realizado neste momento por conta da contenção de recursos do município.

 

Além disso, o Executivo garantiu que a Secretaria de Habitação e a Defesa Civil farão avaliação das condições atuais da área ainda nesta semana. O objetivo é vislumbrar alternativas técnicas e a elaboração de projeto de contenção, além do levantamento dos custos necessários para a conclusão dos serviços. 




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