Política Titulo Doação acima do limite
Ex-vice de Atila, Orosco reverte condenação no TRE

Presidente do PMDB teve registro rejeitado em Mauá e saiu da chapa do socialista no pleito

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/11/2016 | 07:00
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Por três votos a dois, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) aceitou recurso do presidente do PMDB de Mauá, José Carlos Orosco Júnior, contra indeferimento de sua candidatura a vice na chapa do prefeito eleito, Atila Jacomussi (PSB).

Em setembro, a Justiça Eleitoral de Mauá rejeitou o registro de Orosco ao acolher argumentação do Ministério Público Eleitoral, que buscou enquadrar o peemedebista na Lei da Ficha Limpa. Para a promotoria, ele havia infringido a Lei Eleitoral ao, em 2014, ter efetuado doação acima do limite para a campanha de sua mulher, Vanessa Damo (PMDB), que concorria ao cargo de deputada estadual.

A defesa de Orosco argumentou no TRE-SP que a doação, feita por meio da Orosco Holding Empreendimentos Imobiliários – empresa do presidente do PMDB –, seguiu os parâmetros legais e que não impedia a candidatura dele ao lado de Atila Jacomussi. O recurso foi acolhido ontem. O MP pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Essa punição não tinha nenhuma lógica. Foi uma condenação de cunho político. A eleição era curta, não poderíamos correr risco de fazer com que um processo político como esse pudesse trazer algum tipo de prejuízo para a campanha do Atila. Por isso decidi dar lugar para a dona Alaíde (Damo, PMDB). Mais importante do que eu virar vice-prefeito era tirar Mauá das garras do Donisete Braga (PT, prefeito de Mauá). Ele está sugando a cidade. Ainda bem meu objetivo foi cumprido”, argumentou Orosco. “A Justiça foi feita”, emendou.

Durante a campanha, Orosco decidiu sair da chapa de Atila e deu lugar a Alaíde Damo, mãe de Vanessa. Quando saiu a condenação em primeira instância, Donisete, que buscava a reeleição, tentou tirar proveito eleitoral do caso.

“Quero deixar claro que o ficha suja é o Donisete Braga, citado na Lava Jato, na Máfia do Asfalto, réu por improbidade administrativa e com escândalo de superfaturamento em seu governo. Vanessa e eu temos passado limpo. Ele quer a maldade e o povo de Mauá deu recado para ele nas urnas”, finalizou Orosco. 




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