O Mogi Mirim deu show em casa ontem e quebrou a invencibilidade de sete jogos do Santos no Campeonato Paulista, com vitória por 3 a 1 no estádio Romildo Ferreira. Com o resultado, a equipe da baixada continua em segundo na classificação. Já o Sapão, que era o quinto colocado, encostou e dormiu em terceiro.

Com os reservas em campo, pensando na partida de quinta-feira contra o Juan Aurich, pela Libertadores, o Peixe jogou bem apenas nos cinco primeiros minutos, quando abriu o placar. Aos três, Elano, que já tinha arriscado uma vez de fora da área, lançou para Felipe Anderson. O meia tocou para Dimba, que se livrou de três adversários e acertou a rede adversária.

Tudo parecia ir bem para o Santos. No entanto, a felicidade durou pouco. Logo depois, aos seis minutos, Gil fez cobrança de falta perfeita para Val, livre no meio da área, cabecear no canto direito do goleiro Aranha: 1 a 1.

A partir daí, só deu Mogi. Do lado do Santos, atuações ruins de Adriano, recuperado de cirurgia no tornozelo direito, e de Elano, que poderia ter aproveitado para mostrar bom futebol ao técnico Muricy Ramalho.

O time da Vila não conseguiu mais organizar a saída de bola e esqueceu de marcar, dando espaço aos três volantes do Mogi: Baraka, Val e Gil. Com jogo veloz, os donos da casa pressionaram com contra-ataques no final do primeiro tempo, e obrigaram Aranha a fazer três defesas.

Na segunda etapa, o cenário continuou o mesmo. O goleiro trabalhou bem nos primeiros minutos, mas, aos nove, não pôde mais evitar a virada. Felipe roubou a bola do zagueiro Vinicius Simon e saiu livre para bater cruzado.

Com a postura apática do Santos, ficou fácil para o Mogi ampliar e fechar a conta, ainda aos 14 minutos. Felipe passou como quis pelo meio de campo santista, fez bela jogada pela direita e cruzou para Val bater de primeira no meio da área.

O Peixe esboçou reação no fim do jogo e teve uma bola na trave, com Bruno Rodrigo, de cabeça, e rebote de Dimba para fora. Mas foi tarde demais.

Treinador alivia e isenta o ‘time B' de culpa no tropeço

O técnico Muricy Ramalho com certeza não ficou satisfeito com a derrota para o Mogi Mirim. Porém, o comandante do Peixe resolveu aliviar para o "time B".

"É normal um resultado ruim. Eles não têm entrosamento, disputam poucas partidas juntos, então, sentem mesmo. Não dá para cobrar muito deles", ponderou o treinador do Alvinegro.

Perguntado também sobre como pensa em escalar o Santos para o clássico contra o São Paulo, no dia 18, no Morumbi, Muricy se esquivou e preferiu não comentar a respeito. "Vamos pensar na Libertadores primeiro, depois nos concentramos no jogo contra o São Paulo."

O goleiro Aranha, um dos únicos que se salvou entre os reservas na derrota par ao Sapão, também culpou a falta de entrosamento. "O time não se encontrou no jogo. Começamos bem, mas perdemos o ritmo. O time reserva é desentrosado e acabamos não conseguindo o resultado."

Pensando na Libertadores, a equipe da baixada já se previne para não ser surpreendida na quinta-feira, quando encara o Juan Aurich, no Peru.

Como o estádio Elías Aguirre tem grama sintética, o Santos fará um ou dois treinos no CT Meninos da Vila, em campos com o mesmo tipo de grama