Cercado de mistério, o São Caetano recebe o Mirassol, às 18h30, no Anacleto Campanella, pressionado pela sequência de cinco jogos sem vitórias no Campeonato Paulista - três empates e duas derrotas. O time empatou os dois últimos jogos em casa, contra Oeste e Portuguesa.

Ao longo da semana, o Azulão treinou no campo da Pirelli, em Santo André - sem acesso da imprensa às atividades. A alegação do técnico Márcio Araújo para transferir as atividades foi que a grama do estádio precisava ser aparada.

O treinador garante que o motivo da restrição nos treinos não foi porque o adversário é comando Ivan Baitello, que durante cinco anos - até 2010 - acumulou o cargo de auxiliar-técnico e coordenador das categorias de base do Azulão e ainda tem bom relacionamento no ex-clube. Perguntado se havia o receio de que algum "espião" passasse informações, visto que no Campanella o acesso às dependências é praticamente livre, o treinador desconversou. "Não, foi mesmo porque era preciso cuidar da grama."

Márcio Araújo comemorou o fato de ter tido a semana inteira para treinar. Ele avalia que foi importante para recuperar alguns jogadores fisicamente e para trabalhar um pouco mais a parte tática. "Temos 60 dias de campeonato, mas se colocar no papel apenas uns 20 ou 30 de treinos, se considerarmos o pós-jogo. Nesses dias, os atletas só fazem a regeneração. O ideal seria que tivéssemos partidas só nos finais de semana, assim teríamos mais tempo para treinar e o desgaste do atletas seria menor."

Ciente do risco que o inimigo oferece - conquistou oito dos 17 pontos disputados fora -, o técnico diz que sua equipe tem de ficar alerta. Suspenso, Moradei não joga e deve ser substituído por Anselmo. O Mirassol atua completo.