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Peugeot quer mais
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
22/12/2010 | 07:10
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O ‘leão francês' quer rugir mais alto e impor respeito em 2011. Após chegar à primeira quinzena de dezembro na nona posição entre as marcas, com apenas 2,72% do mercado brasileiro neste ano (automóveis e comerciais leves), a Peugeot ‘afia as garras' para, após pular as sete ondinhas na festa de Réveillon, ‘armar o bote' sobre a concorrência e galgar degraus no quarto maior mercado automobilístico do mundo, o Brasil.

"Foi um ano muito positivo em vendas. Vamos crescer, em relação ao ano passado, cerca de 12%", declarou o presidente da montadora, Guillaume Couzy, em entrevista exclusiva ao ‘Diário'. Segundo ele, a evolução da Peugeot aconteceu no segundo semestre. "Só para ter uma ideia, o crescimento do terceiro trimestre do ano foi de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior", completou.

Em 2010, de acordo com projeções da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o crescimento da indústria automobilística irá superar as expectativas e encerrar o ano com 9,8% de crescimento.

Uma das estratégias da marca para crescer no mercado interno é investir no segmento dos comerciais leves. "Esperamos crescer no segmento dos comerciais, onde somos líderes na Europa. Vamos nos fortalecer muito neste mercado, devendo representar cerca de 20% do nosso mix em 2011", explicou Couzy, exaltando os lançamentos da picape pequena Hoggar e do Partner (cargo e passageiro) reestilizados. A Peugeot também conta com o furgão Boxer.

NOVOS PRODUTOS - A Peugeot fechou 2010 com o lançamento do ‘crossover' 3008, produzido na França e com previsão de venda de 200 unidades por mês (confira avaliação do produto na página 4). No entanto, para 2011, duas novidades já foram confirmadas. A primeira a chegar é o 408, que aposenta de vez o 307 Sedan a partir do primeiro trimestre, e o esportivo RCZ, rival do Audi TT que desembarca por aqui somente no segundo semestre.

Sobre a possibilidade de o Brasil desenvolver novos produtos para o mercado interno, como a picape Hoggar, o presidente da montadora que em 2011 completará 30 anos de Brasil, mostrou-se totalmente favorável.

"A Peugeot tem capacidade para desenvolver novos produtos aqui no Brasil, visando o mercado brasileiro. Só que não todos os segmentos de mercado que são específicos do mercado brasileiro. Acho que temos que buscar o equilíbrio entre apresentar novas ideias e trazer os produtos que já existem e que nos consagraram", analisou.

E sem se prender a detalhes, deixou claro que surpresas deverão pintar'. "Acho que alguns segmentos de mercado que não cobrimos hoje podem fazer parte das nossas perspectivas. São tantas as surpresas para 2011 que eu não queria adiantar as coisas", disse o misterioso executivo, que afirmou desconhecer a informação de que a Peugeot estaria trabalhando em um motor 1.0 bicombustível para atuar no segmento dos carros de entrada.

FUTURO - Durante o Salão de Paris, a montadora francessa mostrou o 3008 Hybrid - com motor elétrico e motor a combustão diesel. No Brasil, Guillaume Couzy mostrou-se ressabiado sobre o momento em que esta ‘onda verde', que já invadiu Estados Unidos, Japão e Europa, chegará ao País. "Saber quanto o Brasil vai acompanhar o movimento dos carros híbridos e elétricos é muito difícil. Podemos dizer, no entanto, que somos líderes no desenvolvimento e fornecimento destes tipos de tecnologia. Temos totais condições de trazer esta tecnologia, de acordo com a necessidade."




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