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Santos e São Paulo, o jogo que poderia ser a final da Libertadores
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
17/07/2005 | 08:38
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O Santos perdeu para o São Paulo o posto de maior vencedor brasileiro da Libertadores da América. A melancólica eliminação alvinegra foi atribuída às convocações de Robinho e Léo para a Seleção Brasileira que venceria a Copa das Confederações. Sem eles, a equipe foi eliminada pelo Atlético-PR, parou nas quartas-de-final e perdeu o tricampeonato continental para o Tricolor, contra o qual esperava fazer a grande final. Agora, pelo Campeonato Brasileiro, recebe os reservas campeões, às 16h (Globo e Record), na Vila Belmiro, completamente desfigurado, sem Robinho, Léo e Deivid. Do outro lado, os titulares tricampeões receberam a merecida folga.

Desta vez, o Peixe não vai melar a festa são-paulina, como aconteceu no Campeonato Paulista, quando levou o rival - na época, recém-campeão - para Mogi Mirim e entrou em campo com um time reserva, o que foi considerado um desdém pelos dirigentes tricolores. Mas o destino adiou a festa. A tabela do Brasileirão coincidentemente coloca as duas equipes frente a frente num segundo jogo das faixas, novamente no peito são-paulino. "Acho que eles vão querer mudar o jogo para Mogi Mirim", ironizou o superintendente de Futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.

A situação agora é outra em Santos. O time defende uma série de cinco partidas invictas, está na terceira posição do Nacional e pode chegar neste domingo, com uma vitória e uma combinação de resultados, à liderança isolada. Seria o primeiro sucesso em clássicos na competição. Motivos suficientes, segundo os jogadores. "O Santos não pretende, e não quer carimbar a faixa do São Paulo. O que eles conquistaram, é bom para eles", explicou Ricardinho.

Com uma equipe reserva, já que os titulares descansam após a conquista da Taça Libertadores, o São Paulo precisa ganhar para se recuperar na competição. O detalhe é que o Expressinho estará reforçado por jogadores motivados a provar que podem atuar entre os titulares.

O Brasileiro agora passa a ser o foco do São Paulo, até a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão. O técnico Paulo Autuori faz questão que o time deixe a euforia pela conquista da Libertadores para trás e se concentre no Nacional. "Mesmo sendo campeão, uma derrota no dia seguinte é motivo para críticas."

Ausência - O goleiro Roger, substituto natural de Rogério Ceni, pediu para não atuar, pois espera definir seu futuro: tem duas ótimas propostas - uma delas do próprio Santos - e pretende saber se a diretoria tem interesse na renovação do seu contrato, que vai até o fim do ano. Assim, o goleiro Flávio Kretzer, formado nas categorias de base, terá a primeira chance no time titular.




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