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Jovens vivem em moradias inadequadas, diz estudo
Por Luciano Cavenagui
Da Sucursal de Diadema
15/10/2008 | 07:03
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Aproximadamente 28 milhões de jovens brasileiros, entre 15 e 29 anos, vivem em moradias inadequadas, sem água canalizada, rede de esgoto, coleta de lixo e construídas com materiais não-duráveis.

Esse é um dos resultados do estudo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2007: Primeiras Análises, divulgado ontem pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Aplicada). Foram abordados os temas juventude, raça e educação.

Dos 28 milhões de jovens, cerca de 20 milhões estão em áreas urbanas. É o caso do operador de caixa Edislan Pereira Lima, 21 anos, morador da Favela Naval, em Diadema.

As condições precárias de moradia fazem parte da rotina de Lima, que divide o lar com outros nove membros da família. Apesar do projeto de revitalização da favela promovido pela Prefeitura e que está em andamento, Lima critica a ausência do poder público no local.

"O pouco que conseguimos aqui foi por nosso esforço. Não tivemos ajuda de ninguém. Se os governantes cumprissem as promessas, muitos jovens como eu não estariam nessa situação", afirmou Lima.

Na mesma favela mora a catadora de reciclados Márcia Isabel Gomes, 24, que ganha menos de R$ 200 por mês com o serviço. Ela está no rol de 14 milhões de jovens, na mesma faixa etária, que são considerados pobres (vivem em famílias com renda familiar per capita de até meio salário mínimo).

Segundo o Ipea, o País tem 50,2 milhões de jovens, o que corresponde a 26,4% da população. A respeito da educação, a análise indica que o analfabetismo na população de 15 anos ou mais caiu 7,2% em 15 anos: de 17,2% em 1992 para 10% em 2007.

Sobre a raça, o Ipea mostra que a desigualdade de renda vem caindo lentamente. Se permanecer o ritmo atual de queda, haverá igualdade na renda domiciliar de negros e brancos no Brasil só em 2029.




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