Esta intimação para apresentar-se ao tribunal de apelação de Bruxelas deve ser entregue a Sharon pelo embaixador israelense na Bélgica, Wilfried Geens, segundo o jornal.
Mas o diplomata retardou o envio devido à visita neste último final de semana a Israel da presidência da União Européia (UE), atualmente a cargo da Bélgica, encabeçada pelo primeiro-ministro Guy Verhofstadt e pelo chanceler Louis Michel, segundo a fonte.
O clima da visita foi de tensão, devido entre outras coisas ao processo judicial na Bélgica contra Sharon.
O embaixador israelense também deve entregar uma intimação de comparecimento de "um alto funcionário do Ministério israelense de Defesa", segundo o jornal, que fala de "um movimento político-judicial inédito" e assegura que as duas intimações "serão entregues em breve".
No próximo dia 28, a justiça belga deve pronunciar-se sobre a admissibilidade da queixa contra Sharon, apresentada graças a uma lei de 1993, que atribui competência universal à justiça belga por crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade, independentemente do lugar onde tenham sido cometidos e das nacionalidades e locais de residência das vítimas e dos acusados.
Durante sua visita a Israel, o primeiro-ministro belga declarou que a queixa não tem nada que ver com o Governo belga, invocando a "separação de poderes".
Por sua parte, Sharon estimou que a queixa responde a uma tentativa de "julgar o Estado de Israel e seu povo", negando-se a comentar as declarações do prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert, que classificou o Governo belga de "lixo".
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