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Estado avalia distribuição de medicamentos pelos AMEs

Unidades serão vistoriadas na próxima semana para saber se oferecem estrutura adequada para a descentralização

Por Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
05/08/2015 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


Representantes da Secretaria de Saúde do Estado farão visita técnica aos dois AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) da região na segunda-feira. A intenção do Estado é avaliar se os equipamentos, localizados em Santo André e Mauá, oferecem estrutura física adequada para a distribuição de medicamentos de alto custo, hoje realizada apenas pelo Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André.

Conforme explica o coordenador de gestão e contratos em saúde da Pasta, Eduardo Ribeiro Adriano, a adoção da distribuição dos remédios pelos ambulatórios não está descartada, por isso, haverá a visita. “Além dos AMEs, a secretaria também vai visitar a farmácia do Mário Covas. Sabemos que o prédio de Mauá é menor e por isso também vamos procurar outras alternativas ao município. Já o Hospital Serraria (em Diadema), que é uma das outras sugestões, não vai ser visitado nesse primeiro momento”.

Em reunião realizada na segunda-feira no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, os prefeitos debateram a questão e rejeitaram a proposta do Estado de que os municípios efetuassem a distribuição dos medicamentos.

Segundo Adriano, duas propostas já foram discutidas sobre o assunto. A primeira sugeriu que os municípios efetuassem toda a distribuição dos medicamentos e a segunda que a distribuição fosse dividida entre o Mário Covas e as prefeituras. “Caberia a cada um dos gestores decidir qual a melhor forma de distribuição. Essa dispersão seria parcial, sendo que o hospital ficaria com os medicamentos de custos mais altos e sensibilidade maior e os municípios com a outra parte”, explica.

Nova reunião entre integrantes da secretaria e os prefeitos será realizada no dia 17. “O que precisa ficar claro é que isso é uma discussão em curso. O Estado tem por prática tomar decisões em colegiado”, enfatiza Adriano.

Segundo ele, atualmente passam pela farmácia de alto custo do Mário Covas 36.250 pessoas por mês. “É um volume de pacientes que supera a capacidade operacional. Dessa forma, os pacientes ficam esperando em média três horas, o que é maior que o razoável. Precisam ser ampliados os pontos de distribuição”, reitera.

O coordenador também criticou a postura do Consórcio em relação a reforma no Hospital Mário Covas, tendo em vista o detalhamento do cronograma de obras por meio de ofício aos gestores da Saúde da região no início do ano. “É uma reforma que vem somar participação do governo do Estado na Saúde do Grande ABC”, destaca. 




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