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Pedestres, motoristas, passageiros e ciclistas precisam cumprir as regras de trânsito para evitar acidentes

Por Bruna de Grande
Especial para o Diário
23/11/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Ao andar a pé, de bicicleta ou em qualquer veículo, tem de prestar muita atenção. Falta de concentração e desobediência às leis podem machucar e até matar. Segundo o Ministério da Saúde, 1.862 crianças de até 14 anos morreram no trânsito em 2012.

No entanto, 90% dos acidentes poderiam ser evitados se houvesse mais informações sobre prevenção. Por isso, os alunos da Escola Carlos Rom II, de Ribeirão Pires, participam do projeto Trânsito na Escola, que ensina a olhar para os dois lados ao atravessar a rua, andar sempre na calçada, respeitar a sinalização, ser solidário com quem precisa de ajuda, como pessoas deficientes (cadeirantes, cegos) e com dificuldade de mobilidade (idosos, gestantes), entre outras regrinhas.

“Não podemos soltar a mão do pai e da mãe quando estamos na rua, pode ser perigoso”, lembra Ana Clara Paludetti, 5 anos. “Também não se deve mexer no celular ao dirigir. O motorista pode levar multa e atropelar alguém”, afirma Lorenzo Tadeu, 6. É necessário evitar o uso do aparelho até mesmo ao andar na calçada. Prestar atenção ao redor evita acidentes.

“É preciso respeitar o semáforo. No vermelho tem de parar, no amarelo prestar atenção e no verde pode andar”, conta Lorenzo. Se estiver em algum veículo, não pode esquecer o cinto. “Tem de colocar assim que entrar no carro”, diz Beatriz Fermino Oliveira, 5.

Renan dos Santos Balbino, 5, afirma estar mais atento ao trânsito. “Gosto da faixa de pedestres porque podemos atravessar em segurança.”

Pedalando com responsabilidade

Andar de bicicleta exige mais do que habilidade. Tem de estar atento, conhecer regras e placas de trânsito e se preocupar com a segurança. Quem tem menos de 10 anos ou ainda não está totalmente seguro para pedalar sozinho, precisa ter sempre um adulto ao lado.

“Amo andar de bicicleta e agora sei que precisamos usar as ciclovias”, destaca Ebenézio Bezerra, 11 anos, que aprendeu sobre o tema na Escola de Ciclismo de Diadema. O garoto também sabe que precisa se proteger. Capacete, par de luvas específicas para ciclistas, óculos de proteção, cotoveleira e joelheira evitam machucados.

É aconselhável colocar buzina e espelho retrovisor na bike. À noite, tem de usar roupas claras para ficar visível a motoristas e pedestres. Precisa ainda colocar iluminação nas partes da frente e de trás da magrela.

“Obedecer a sinalização também é importante”, lembra Davi Sampaio, 11, que adora as aulas. “Até estou caindo menos, pois faço tudo com mais atenção.”

Tem de usar cadeirinha no carro

Durante a infância, é preciso usar cadeirinha específica ao andar de carro. Do primeiro dia de vida até chegar a 13 kg é usada a bebê conforto (adequada até 1 ano), de costas para o movimento do carro.

Dos 9 kg aos 18 kg, a cadeirinha fica de frente para o andar do veículo. Entre 15 kg e 36 kg, o ideal é um assento de elevação (para ficar mais alto) e uso do cinto de segurança.

Não fique sozinho dentro do veículo e não brinque de dirigir ou mexer nas chaves. Colocar braços ou cabeça fora da janela é perigoso. No ônibus, fique sentado ou ofereça lugar a um idoso ou mulher grávida.

Se for passear a pé, menores de 10 anos precisam estar acompanhados de adulto. Na infância, é comum confundir a velocidade e distância dos veículos e, assim, sofrer acidentes.

Número de acidentes de trânsito é alto no Brasil

Em média, cinco crianças são vítimas de acidentes de trânsito todos os dias no Brasil. Portanto, é necessário o máximo de cuidado e atenção. Por mais simples que seja a regrinha, tem de respeitar. Giulia Garcia Lavecchia, 10 anos, de Santo André, sabe disso. “Só atravesso na faixa de pedestre.”

A obediência às regras é importante em todos os momentos. Uma pesquisa da ONG Safety Child mostra que uma a cada quatro crianças não usa o cinto quando a distância do percurso é curta. A atitude é um risco à vida, pois 50% dos acidentes graves ou fatais acontecem em um trajeto próximo à casa das vítimas, segundo o estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Anndrey Martins Rossi, 10, de Santo André, se preocupa e sabe que tem de se prevenir toda vez que sai de casa. “Uso sempre o cinto e só atravesso a rua quando o farol fica verde.”

Saiba mais

O livro ‘Gente Vai Pra Lá, Gente Vem Pra Cá’ (Malô Carvalho e Suzete Armani, Editora Autêntica, 36 págs., R$ 30) fala sobre regrinhas de trânsito de modo divertido e com ilustrações coloridas, lembrando os cuidados ao andar na rua, de bicicleta, dentro de carro ou ônibus.

Consultoria de Francisco Sabino, coordenador da Escola de Ciclismo de Diadema, Rubens de Almeida Souza, secretário de Transporte e Trânsito de Ribeirão Pires, e Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.




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