Economia Titulo Sobrecarregados
Metalúrgicos prometem parar GM caso não haja contratações

Sindicato dos Metalúrgicos afirmou que são necessários mais 200 trabalhadores para unidade de São Caetano

Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
10/06/2009 | 07:00
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O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano promete realizar paralisações na unidade da GM (General Motors) da região, caso não haja a contratação imediata de 200 trabalhadores. Segundo Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente da entidade, os funcionários estão sobrecarregados e precisam de suporte. Procurada pelo Diário, a GM não se pronunciou.

Cidão afirmou que há mais de um mês solicitou a contratação dos trabalhadores. "A montadora não está fazendo nada e enquanto isso, os funcionários estão trabalhando mais do que devem para dar conta da produção. Por isso, resolvemos que vamos paralisar as atividades na semana que vem, caso não haja nenhum parecer", prometeu.

Na última semana, representantes da GM do Brasil se reuniram com o sindicato. "O encontro nos trouxe mais tranquilidade, depois que a montadora norte-americana anunciou concordata. Porém, queremos garantias reais, como de manutenção do emprego e as contratações", explicou o presidente.

Atualmente são 6.219 horistas atuando diretamente na linha de produção da montadora na região. Levantamento realizado pelo sindicato mostrou que número não é suficiente para dar conta da demanda por veículos. "Desde fevereiro, quando 1.633 temporários foram dispensados, a produção continua a mesma, e até maior", destacou o presidente.

A montadora de São Caetano produz cerca de 780 automóveis por dia, e contrariando a afirmação de sobrecarga do sindicato, afirmou que com a presença do terceiro turno, o número era maior, perto de 1.200 unidades.

Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontam que, no mês de maio, o número de veículos licenciados pela GM aumentou 18,2%, em relação ao mês de abril. Foram 40.607 unidades, contra 34.368 licenciadas no mês anterior.

CONTRAPONTO - Na ocasião em que o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, defendeu que a concordata da montadora americana não afetaria as unidades no País, o executivo afirmou também que os empregos estavam garantidos, mas que não havia nenhuma previsão de contratações.

Na mesma entrevista, Ardila confirmou o aumento da produção sem a contratação de funcionários, e com a dispensa dos trabalhadores temporários. "Em maio, a GM produziu 47,8 mil veículos, número 2% superior ao obtido no mesmo mês do ano passado, e 17% maior sobre abril de 2009".




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