Os russos desencadearam sua potência de fogo esta sexta-feira contra Grozny, onde prosseguem violentos combates e há registos de importantes baixas, enquanto que o chefe de Estado interino, Valdimir Putin, demonstra temer a ocorrência de novos atentados terroristas em represália no território russo. Putin advertiu que ``os riscos de atentados terroristas na Rússia aumentaram' e continuarao crescendo enquanto ``os bandidos' chechenos nao tenham sido exterminados.

Os combates em um bairro do Norte de Grozny causaram cerca de 20 mortos entre os russos, informaram oficiais russos, enquanto se multiplicavam os testemunhos sobre a desmoralizaçao das tropas russas.

Em meio à neve que cai sobre Grozny, a potência de fogo russa, mísseis lançados por helicópteros, lança-foguetes múltiplos e canhoes, se concentrava esta sexta-feira sobre o centro da capital chechena sitiada.

As nuvens de fumaça e poeira causadas pelos bombardeios tomam conta do céu da capital chechena.

Ao mesmo tempo, prosseguem os esforços para tentar localizar um general russo, Mikhail Malofeyev, cuja sorte ainda é desconhecida. Testemunhos russos, citados nesta quinta pela Itar-Tas, afirmaram que o oficial foi morto durante os combates em Grozny.

No entanto, os chechenos, citados por meios de comunicaçao russos, afirmaram que o mesmo foi capturado e está sendo submetido a interrogatórios, e que logo divulgarao uma gravaçao em vídeo com ele.

Na praça Minutka, que leva ao centro de Grozny, eram registrados violentos combates e que a mesma nao estava em poder dos russos, ao contrário do que anunciou na véspera o chefe da milícia chechena pró-russa, Bislan Gantamirov.

``A operaçao para libertar Grozny se desenvolve conforme nossos planos', estimou, por sua parte, o ministro russo da Defesa, Igor Sergueyev. ``Os chechenos resistem desesperadamente', declarou um alto responsável do Estado Maior russo no norte do Cáucaso, o general Vadim Timchenko, estimando que 3 mil combatentes se encontravam ainda em Grozny.

No campo checheno, 86 combatentes foram mortos em 24 horas, segundo os militares russos citados pela televisao pública RTR.