Sem clima festivo para receber as boas novas - a tão esperada construção de sua Arena -, o Palmeiras se despede hoje do Palestra Itália, diante do Grêmio, às 18h30, em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. É o último jogo oficial no estádio antes do início das obras.

Sinal de que a torcida ainda não confia no time - devido às atuações pouco convincentes e à crise nos bastidores - é a baixa procura por ingressos para o jogo. Até ontem à noite, apenas 2.500 haviam sido vendidos. A comercialização segue hoje até o início da partida.

Para superar a crise, todo apelo é válido. E o time não quer se sentir abandonado. "Acho que tem clima para a despedida, sim, porque não está tudo perdido. É o nosso último jogo no Palestra e a torcida tem de comparecer. Nós, por outro lado, temos a obrigação de desempenhar bom papel e dar esse presente para os torcedores depois da semana conturbada", disse o volante Marcos Assunção, em referência às dispensas do técnico Antonio Carlos e do atacante Robert.

Apesar do apelo do time, a diretoria não fez qualquer tipo de promoção, como desconto nos ingressos, para atrair o público. No entanto, sonha em promover algum amistoso não-oficial para selar o adeus durante a pausa para a Copa do Mundo.

"Vamos entregar o estádio para a Construtora WTorre entre os dias 10 e 12. Algumas obras já começaram, mas deverão avançar logo depois disso. Se tiver algum jogo, terá de ser antes desta data", afirmou José Cyrillo Júnior, diretor administrativo.

Sem técnico definido, o time encara o Grêmio sob o comando do interino Jorge Parraga, que fez mistério sobre a equipe que inicia a partida. Ontem, para despistar a imprensa, treinou três formações diferentes.

"Ele vem trocando bastante o time, colocando os jogadores em várias posições. Não sei quem irá atuar, isso é algo dele. Mas é bom ter essas mudanças porque todo mundo fica ligado, mesmo quem estiver no banco já sabe que pode entrar", opinou o zagueiro Léo.

GRÊMIO - Exceto o atacante Borges, o time deve ser o mesmo que atuou contra o Santos no meio da semana pela Copa do Brasil. O jogador lesionou a coxa direita e fica três semanas afastado.

Time só aproveita 50% dos pênaltis em treino

Ao que parece, o Palmeiras ainda não conseguiu acertar o pé desde a eliminação da Copa do Brasil diante do Atlético-GO, nos pênaltis. Nos treinos de ontem, o desempenho dos jogadores foi pífio. De 24 batidas, apenas metade foi aproveitada.

No vexame diante dos goianienses, há menos de um mês, o Palmeiras foi eliminado nos pênaltis após vencer o primeiro confronto com o Atlético-GO no Palestra Itália por 1 a 0, também com um gol de pênalti de Cleiton Xavier. No jogo de volta, o time perdeu pelo mesmo placar e foi eliminado por desperdiçar quatro cobranças, de Ivo, Cleiton Xavier, Figueroa e Danilo. Somente Ewerthon acertou.

O goleiro Marcos chegou a agarrar três penalidades dos goianos, mas a disputa terminou 2 a 1 para o time da casa. "Pênalti é complicado. Você pode ter um bom batedor e vê-lo errar no treino. Depende muito de momento e da confiança", avalia o técnico interino Jorge Parraga.

Ontem, apenas Marcos Assunção e Paulo Henrique se destacaram ao acertar as três cobranças que tiveram. Ewerthon errou todas.

"Vou escolher os que foram melhores no treino. O Assunção foi bem, apesar de ter batido muito para o alto. A ideia é estipular uma ordem com uns quatro jogadores. Na hora, eles decidem quem vai bater", disse Parraga. (Das Agências)