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Greve na Capital afeta passageiros do Grande ABC

Motoristas e cobradores voltam ao trabalho hoje e devem retomar negociações

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
22/05/2014 | 07:00
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A paralisação feita ontem por motoristas e cobradores de empresas que prestam serviço de transporte público na Capital afetou milhares de passageiros do Grande ABC. Sem ônibus, muitos tiveram dificuldades para chegar às estações de Metrô ou da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Nove terminais chegaram a ser fechados ao longo do dia e o rodízio de veículos foi suspenso pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

“As linhas intermunicipais e o Metrô funcionaram normalmente. Mas, da estação até o meu trabalho, tive de andar por 40 minutos, pois o ônibus que eu pego não estava circulando”, relata o gráfico Wilson Nunes da Silva, 35 anos, que mora em São Bernardo e presta serviços no Bom Retiro, região central da cidade.

Apesar dos transtornos, a secretária Roselei Barutti, 48, considera que, ontem, a situação enfrentada era mais tranquila do que no dia anterior. “Na terça-feira, o Terminal Sacomã estava fechado. Tínhamos de pegar os ônibus na rua e, ainda assim, muitos não estavam vindo”, conta a moradora do Jardim Bela Vista, em Santo André. Para chegar em casa, ela foi de ônibus até o entorno da FSA (Fundação Santo André) e, de lá, pegou táxi até o bairro onde mora.

Por conta das dificuldades no transporte, muitas empresas liberaram os funcionários mais cedo ou deixaram que os empregados trabalhassem de casa. Como consequência, foram vistas cenas raras para as 17h30 de um dia útil. Plataformas vazias no Terminal Sacomã e na Estação Tamanduateí da CPTM. “Me assustei quando cheguei a não vi ninguém. Achei que estava fechado”, comenta a funcionária pública Rita de Cássia Pereira, 49.

TRÉGUA

Os funcionários das empresas municipais devem retornar ao trabalho hoje. Em troca, o grupo de trabalhadores dissidentes do sindicato da categoria fará reunião no período da manhã na sede da prefeitura.

Os manifestantes reivindicam reajuste de 30%, enquanto o sindicato aceitou acordo para aumento de 10%.

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, considera o movimento como “sabotagem” e afirma que entre 700 e 800 coletivos deixaram de circular ontem. O titular da Pasta avalia que aproximadamente 1 milhão de pessoas foram prejudicadas ao longo do dia. FM (com agências) 




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