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Acusados de abusos nos EUA foram contratados para agir no Iraque
Do Diário OnLine
Com Agências
21/05/2004 | 10:26
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Diretores de prisão acusados de abusos nos Estados Unidos foram enviados para o Iraque para cuidar dos detidos pelo exército americano. A informação, divulgada pela TV americana ABC, indica que a tortura a iraquianos era uma questão institucionalizada.

Um dos contratados pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para auxiliar no treinamento dos guardas de prisão no Iraque é Lane McCotter, ex-chefe das prisões no Estado americano de Utah. Em 1997, guardas sob sua supervisão deixaram um preso com problemas mentais nu, por 16 horas, preso a uma cadeira.

Após o abuso, Michael Valent teve um embolia pulmonar e morreu. Os maus-tratos foram registrados em vídeo e geraram críticas severas nos Estados Unidos. McCotter pediu demissão dois meses depois, mas alegou que o detento tinha sido preso à cadeira para sua própria segurança.

Apesar da acusação de abuso, McCotter foi contratado pelo governo americano em 2003. Ele chegou a servir de guia no Iraque para o subsecretário de Defesa, Paul Wolfowitz.

Outro funcionário do departamento prisional de Utah a agir no Iraque é Gary Deland. Classificado como sádico por entidades de defesa dos direitos humanos, ele tem um histórico de violência contra presos e foi levado para Abu Ghraib.

O responsável pelo treinamento de soldados americanos que atuam nas prisões do Iraque também tem um histórico de violações aos direitos humanos. John Armstrong, contratado em agosto de 2003 para trabalhar no Iraque, foi responsável pelo sistema prisional do Estado de Connecticut entre 1995 e 2003.

Ativistas dos direitos humanos acusam Armstrong de permitir o abuso a presos no Estado — pelo menos três morreram por causa dos ferimentos causados por guardas de prisão. Um espancamento de prisioneiros por vários homens foi registrado em vídeo.




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