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Kung Fu: cinema ‘leva’ atleta andreense ao Brasileiro
Ana Paula Gois
Do Diário do Grande ABC
23/10/2004 | 13:25
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A paixão pelos astros do cinema hollywoodiano, Jack Chan e Jet Li, fez um adolescente se interessar por artes marciais aos 12 anos. O resultado disso? Victor Amaral Di Sessa, atualmente com 14, de Santo André, vai disputar o Campeonato Brasileiro de Kung Fu, na categoria infanto-juvenil. A competição, a mais importante do ano na modalidade, acontece neste sábado e domingo, em Fortaleza (CE). Sara Foltran Soares, de 15 anos, amiga de Victor, também disputa o Campeonato.

“Sempre gostei de assistir aos filmes de Jack Chan e Jet Li. Ficava me imaginando lutando como eles”, disse Victor. “Além disso, este esporte nos ensina a manter o equilíbrio mental”, completou. Antes de embarcar para o Nordeste, o jovem atleta aguardava ansioso por sua primeira competição no Brasileiro, no qual tem a oportunidade de conhecer o desempenho de vários atletas. “Não conheço a maioria dos competidores, e isso aumenta ainda mais a minha ansiedade”.

Por sua vez, Sara, que também é de Santo André, caiu de gaiato no kung fu. “Sempre quis praticar alguma luta, mas não conseguia me decidir em qual me adaptaria melhor. Foi quando meu pai comentou comigo sobre as aulas de kung fu”. Sara, assim como Victor, está na academia Hun Ming Phay, no Sesi Santo André, há dois anos. “Por ser a primeira vez que vou disputar este campeonato, acho que é normal sentir uma grande ansiedade”.

Por falta de patrocínio, Victor e Sara, juntamente com seus professores, Douglas de Médio e Luis Leonardo de Souza, tiveram de pagar todas as despesas da viagem para Fortaleza. No caso dos jovens, os pais são os responsáveis por todos os gastos. “O Victor chegou até aqui por mérito, então toda a nossa família colaborou com a passagem, o hotel e a alimentação”, comentou Cristina Amaral, mãe de Victor.

Tradição – Além dos golpes que aprendem nas aulas de kung fu, os alunos do Sesi também conhecem e mantêm algumas tradições chinesas. “Tentamos manter a tradição, nos adaptando à realidade”, disse o professor Douglas. Um exemplo disso é o cumprimento ao monge (símbolo guerreiro, representado em um quadro), que os alunos fazem todas as vezes que entram na academia. Além disso, a roupa dos professores é bem semelhante a dos antigos guerreiros da China. “O kung fu está além do chute e do soco”, completou Douglas.




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