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Moradores ainda aguardam reparos
9 meses após queda de caixa-d’água

CDHU não concluiu as intervenções e recuperação dos danos causados por demolição do reservatório

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
05/05/2021 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Vítimas do desabamento de caixa-d’água de grande porte, no Serraria, em Diadema, ainda aguardam por soluções. O fato ocorreu no dia 23 de agosto de 2020, quando o reservatório desativado, que estava sendo demolido, caiu e danificou nove veículos e dois condomínios. Nove meses depois do incidente, na Avenida Afonso Monteiro da Cruz, os moradores cobram conclusão das avarias.

A obra de demolição do reservatório havia sido contratada pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do governo estadual, e era executada por empresa terceirizada. A intervenção estava embargada pela Prefeitura por falta de alvará, mas a empresa seguiu realizando a demolição, e mesmo com os alertas dos moradores de que a estrutura poderia cair, seguiu até o acidente.

Na queda, o reservatório amassou nove veículos e danificou dois condomínios, com quebra de muro, tubulação, danos aos relógios de medição de energia elétrica, piso, além do próprio asfalto da via.

O manobrista aposentado Carlos Elias de Lima, 67 anos, relatou que o piso da garagem do Condomínio Santa Vitória ainda está danificado, que a saída de água de esgoto não foi refeita e que a ligação de energia está improvisada, após os relógios terem sido danificados. “Os operários vêm um dia, não voltam dez dias, e a gente vai esperando as coisas no ritmo que a CDHU quer”, reclamou.

Síndico do Condomínio Mata Virgem 2, Givanildo Feliciano, 61, afirmou que o impacto causou diversos danos, como rachaduras e quebra dos encanamentos externos, mas a CDHU providenciou só reparo do muro. O assunto é discutido na Justiça.

A Prefeitura vistoriou o local segunda-feira para verificar se os reparos já haviam sido feitos. A administração e a CDHU firmaram TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em setembro contendo plano de recuperação da área a ser executado pela companhia. Foram acordadas obras de reparação do sistema de drenagem de águas pluviais; da pavimentação da Avenida Afonso Monteiro da Cruz; do transporte dos restos de obra; e da recuperação da área.

Na avaliação da Secretaria de Habitação de Diadema, as obras de responsabilidade da CDHU foram, em sua maioria, concluídas, exceto a pavimentação e a recuperação do viário que dá acesso à área. Segundo a Prefeitura, a finalização da última etapa, ainda de responsabilidade da companhia, deve ocorrer neste mês. A Secretaria de Habitação deve realizar nova vistoria até o fim da semana.

Questionada, a CDHU informou que “as obras necessárias foram feitas no local, salvo a recuperação de pequeno trecho de asfalto, que será finalizada em 15 dias.” Sobre a ligação de energia, a Enel informou que para executar a ligação definitiva é necessário que o condomínio apresente documentação que comprove que a instalação está dentro dos padrões, além da vistoria técnica após a conclusão dos reparos no centro de medição, sob responsabilidade do condomínio. Que supervisor esteve no local ontem e orientou o responsável sobre os procedimentos. O inquérito aberto pelo 1º DP (Centro) de Diadema segue em andamento. 




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