O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) saiu em defesa dos vereadores petistas Eduardo Leite e Joilson Santos, de Santo André e São Bernardo, respectivamente. A dupla tem sido criticada pela militância e até do conselho de ética do PT por terem votado em candidatos tucanos nas eleições pela presidência dos dois legislativos.

Ao Diário, Luiz Fernando colocou panos quentes no debate e defendeu que ambos não cometeram infrações partidárias. “Tanto no caso do Eduardo quanto do Joilson, não houve uma decisão do partido (para orientar o voto do vereador na disputa interna). Ora, se não há decisão do partido nem da bancada (no meio político chamada de ‘fechar questão’), não há o que punir. Eu ouvi os dois companheiros e entendi as situações, que são semelhantes”, avaliou o parlamentar, ao classificar os correligionários como “petistas sob qualquer suspeita”.

Nas eleições que definiram as mesas diretoras das duas casa, Eduardo Leite votou no governista Pedrinho Botaro (PSDB) para a presidência da casa andreense. O apoio se deu em composição que abrigou o petista no cargo de primeiro secretário. Já o petista de São Bernardo engrossou a vitória do também governista e tucano Estevão Camolesi – diferentemente do colega de Santo André, foi alijado da mesa. Joilson foi o único a ser alvo de investigação interna do partido, contudo.

“A presença do Eduardo Leite na mesa diretora é a presença do PT, é a presença da defesa dos ideais do partido, é representatividade. Respeita, inclusive, os princípios constitucionais da proporcionalidade partidárias nos cargos dos legislativos”. sustentou Luiz Fernando.

O parlamentar comentou ainda sobre a opinião do presidente do PT paulista, o ex-prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo, que defendeu punição aos dois vereadores. “Eu acho que o prefeito não estava a par de tudo quando deu essa opinião. Concordaria com ele (Marinho) se houvesse uma decisão partidária (que determinasse o comportamento do parlamentar nas eleições), mas em momento algum o partido fechou questão.”

Luiz Fernando frisou ainda que a permanência de Eduardo na mesa não o impede de fazer oposição ao governo do prefeito Paulo Serra (PSDB). O deputado comparou a situação do vereador ao comportamento do PT na Assembleia Legislativa, onde os petistas reeditam biênio a biênio aliança com o PSDB na eleição pela presidência do parlamento paulista e, como consequência, garantem a primeira secretaria e seus respectivos cargos.