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Paulo Chuchu vai armado à Câmara: ‘Não quebrei regra’

Vereador de S.Bernardo, que é policial civil, alega que lei determina que ele carregue equipamento

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
12/01/2021 | 04:02
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Reprodução/Facebook


Vereador por São Bernardo, Paulo Chuchu (PRTB) avisou que irá armado para o trabalho na Câmara. Na semana passada, parlamentar postou imagem em uma rede social ostentando uma arma, de modelo Glock, que estava em cima de mesa dentro de seu gabinete na casa, dando início à polêmica sobre o caso.

Policial civil, Chuchu sustenta que está amparado por lei para andar armado por ainda ser agente de segurança. O vereador admitiu, porém, que aguarda posicionamento oficial da Câmara sobre o porte de arma nas dependências.

O regimento interno do Legislativo deixa brecha sobre a possibilidade de vereadores portarem algum tipo de armamento dentro do prédio. Em um único artigo, de número 199, a norma interna sustenta que qualquer pessoa pode assistir às sessões, desde que não esteja portando armas.

“Qualquer pessoa pode assistir às sessões públicas, desde que permaneça no lugar destinado ao público e que esteja decentemente trajado, não portando armas, e guardando silêncio, sem dar sinal de aplauso ou reprovação. Será compelido a sair imediatamente do edifício todo aquele que perturbar os trabalhos, se prejuízo de outra penalidade”, versa o regimento interno.

Conforme Paulo Chuchu, ex-assessor do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a função de policial civil o garante o direito de andar armado. “Todo policial deve andar armado, conforme lei estabelecida, então não estou quebrando nenhuma regra. Apesar de ser vereador no momento, ainda acumulo o cargo de policial civil, então, posso carregar uma arma”, declarou.

Eleito para esta legislatura, Chuchu tem intenção de solicitar afastamento da Polícia Civil no próximo mês, para não acumular a função de policial. “Mas, mesmo que eu der baixa, mesmo assim poderei andar armado, já que ainda manterei vínculo com a Polícia Civil.”

Presidente do Legislativo, Estevão Camolesi (PSDB) declarou que irá recorrer ao setor jurídico da casa, mas declarou saber que no regimento interno não há item que proíba vereador de andar armado dentro da Câmara. “Pretendo estabelecer os moldes que foram determinados na Câmara Federal. Lá, os deputados não podem comparecer ao plenário e às comissões armados. Mas nos corredores e no gabinete eles podem carregar o equipamento.”
 




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