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FSA aposta em reajuste para fechar ano no azul

Correção da mensalidade em 6,5% é alvo de protesto de alunos; grupo ocupa prédio desde terça

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
17/11/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 A FSA (Fundação Santo André) depende do reajuste de 6,5% na mensalidade para fechar o ano no azul. Isso é o que garante a pró-reitora de planejamento e administração, Verenice Garcia Abdulmacih. O aumento, entretanto, é alvo de protesto por grupo de estudantes, que ocupa prédio da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) desde a noite de terça-feira.

A instituição de Ensino Superior, que mantém cerca de 4.000 alunos, passa por grave crise financeira desde 2008. O ano da FSA começou com dívida de R$ 60 milhões, herdada das gestões passadas, o que compromete o orçamento mensal em R$ 500 mil – valor destinado ao pagamento de parcelas de acordos.

Conforme planilha financeira apresentada pela reitoria, considerando os estudantes da Fafil, Faeco (Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas) e Faeng (Faculdade de Engenharia Celso Daniel), a FSA fechará o ano com R$ 22.044 arrecadados, isso com reajuste de 6,5% nas mensalidades.

O documento projeta ainda outras duas possibilidades: caso fosse aplicada correção nas mensalidades de 3,21%, a FSA ficaria com R$ 1,2 milhão negativo; e se nenhum tipo de adequação financeira fosse feita, o orçamento ficaria deficitário em R$ 2,5 milhões.

Segundo Verenice, a expectativa é a de que o assunto volte a ser discutido em reunião do Condir (Conselho Diretor)em dezembro. “Até levantar o número de alunos matriculados e dispormos de mais dados”, destaca.

Enquanto isso, a reitoria aposta no diálogo com os estudantes para tentar reverter a ocupação da Fafil. “A gente não quer entrar nas vias de fato e pedir reintegração de posse. Não queremos confronto”, diz Verenice. No entanto, a pró-reitora reitera que o reajuste não será excluído da pauta do Condir devido sua importância para o orçamento da FSA.

O grupo de estudantes emitiu comunicado na noite de ontem no qual destaca que a “ocupação está aberta a negociação com a garantia da revogação do aumento”. O grupo reivindica ainda a redução do valor das mensalidades e a rematricula imediata dos inadimplentes.

“Isso (rematricula dos inadimplentes) está na pauta de renegociação do Condir. Essa rematrícula já é feita, só que ela não pode ser automática, até porque somos uma instituição pública de direito privado e não posso fazer isso sem autorização dos conselhos”, justifica Verenice.

 




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