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Poucos servidores aderem a protesto em Sto.André
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
21/08/2010 | 07:02
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Nem mesmo a manifestação promovida ontem pela Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo) conseguiu mobilizar funcionários do Fórum de Santo André a aderir a greve do Judiciário. Com 116 dias de paralisação, a cidade tem lentidão no andamento de processos da 3ª vara cível e da 1ª Vara de Infância. Até aqui, São Bernardo é a cidade mais afetada com um ofício com prazos e atendimentos suspensos e outros três muito prejudicados.

Com panfletos e faixas pedindo para que funcionários ajudassem a aumentar a "correlação de forças", o comando grevista discursou para poucos interessados.

"Me sinto mal por ter voltado (a trabalhar). Sei o quanto é importante, mas pesou o fato de não ter tanto apoio aqui", reconheceu um funcionário que voltou ao trabalho há poucos dias e preferiu não se identificar.

Sem desanimar, diretores usaram o microfone para incentivar os presentes, dizendo que a paralisação está perto do fim. "Já conseguimos propostas consolidadas de que os dias descontados serão restituídos e de que haverá mutirão para ajudar a colocar tudo em ordem. Acreditamos que essa semana será decisiva", discursou um dos líderes do movimento, Fernando Luis Domingos.

Apesar da mobilização ser pequena, outro responsável pelo comando da greve, conhecido como Milito, alertou que o TJ (Tribunal Justiça) sentiu o peso da insatisfação dos servidores. "Eles veem que quem segue trabalhando também não está feliz com a situação. Sabem que precisam acertar isso, o que conta à nosso favor", atestou ele, que participou da reunião anteontem no TJ.

Segundo a Assojuris, o TJ teria proposto o pagamento da reposição de 20,16% solicitados pela categoria a partir de 2011, com a promessa de reajuste de mais 6%. No entanto, o tribunal se isentou de dar garantias. "O orçamento solicitado pelo TJ foi de R$ 12 bilhões, mas eles esperam cortes e, se houver, sabem que os descontos cairão sobre nossos salários", apontou Milito.

Para terminar, uma das diretoras da entidade no Grande ABC, Aparecida Nunes, completou que o plano de carreira aprovado pelo TJ seria um "engodo". "Isso nos garantiu aumento de R$ 2. Nem uma passagem de ônibus pagaríamos."




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