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Governo avalia que greves dos servidores são setoriais
Por Do Diário OnLine
Com Agências
14/05/2004 | 18:42
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Para o governo, não há um movimento grevista generalizado entre os servidores públicos federais. De acordo com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça, o que ocorre são greves específicas de servidores, algumas com motivações antigas, como é o caso da paralisação do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Nesta sexta-feira, ao fazer um balanço das paralisações deflagradas no país, o secretário afirmou que estas greves específicas “são pequenas”. A greve do Incra, de acordo com Sérgio Mendonça, "é uma greve forte", com cerca de 70% de adesão, e a dos servidores do INSS, com cerca de 22%, também preocupa.

Na avaliação do secretário, o motivo para que a greve não seja de todos os servidores públicos federais deve-se ao fato de os trabalhadores e as próprias direções das entidades estar considerando a proposta do governo como "passível" de ser negociada. Os percentuais de reajustes variam entre 9% a 29% para os inativos e 10% a 32% para os servidores da ativa.

Ao falar sobre as medidas adotadas pelo governo para evitar os prejuízos causados por órgãos como o Incra e o INSS, Mendonça disse que o governo vai se empenhar para dar prosseguimento às negociações e, ainda, para garantir que o serviço público mínimo seja atendido, inclusive, no limite, usando os recursos legais disponíveis. Ele confirmou que a greve do INSS tem um impacto sobre a população, mas de certa maneira limitado "é um impacto limitado ao tamanho dessa greve”.

Mendonça disse ainda que o governo está discutindo as medidas que envolvem desde o corte do ponto até a garantia de serviços mínimos prestados à população. “O governo se protege com ações judiciais para que o serviço seja prestado nos patamares mínimos”, afirmou o secretário à Agência Brasil, lembrando que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que seja cortado o ponto se houver ausência injustificada e se for caracterizada a greve.

A data limite de 21 de maio, marcada pelo governo como prazo final das negociações e início do corte de ponto está sendo tratada com cautela pelo ministério.




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