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Rede de trocas eleva vendas das empresas
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/08/2010 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Empresas da região ouvidas pela equipe do Diário que se cadastraram e vêm utilizando as redes de trocas multilaterais destacam que o sistema de intercâmbios permite impulsionar suas vendas em mais de 10%.

É o caso da Combate Tecnologia Ambiental, empresa de controle de pragas (insetos, roedores etc) localizada no bairro Camilópolis, em Santo André.

"Se não fossem as permutas, estaríamos faturando 12% a menos", afirma o proprietário, Paulo Val Rocha Júnior.

Ele conta que tem utilizado bastante o formato. "Compramos (por meio dessa sistemática) produtos gráficos, estadas para funcionários, material de construção, móveis, cestas de Natal e brindes", diz.

Para isso, ele tem cadastrado no banco de permuta (no caso, o da Tradaq) seus serviços, que se tornam valores em ‘Único' (o padrão de equivalência nessa rede, para a troca por outros produtos).

E quando surge a oportunidade de um negócio, Rocha Júnior não precisa necessariamente permutar com a empresa que quer contratar seus serviços de desinsetização. Ele pode, em vez disso, adquirir outros itens inscritos no sistema da intermediadora.

O empresário destaca que há vantagens também para seus clientes.

Ele explica que os compradores também podem, em alguns casos, não ter fluxo de caixa (em dinheiro) suficiente e, mesmo assim, efetivar o negócio pela rede, com a oferta de seus produtos.

Ociosidade - Outro pequeno empresário da região que utiliza a rede é Juliano Stoppa, proprietário de uma gráfica em Santo André, que produz desde material promocional (panfletos) até cartões e pastas. "Estou na empresa intermediadora há sete anos. Tenho volume grande de negócios por meio de permuta. Corresponde a 10% a 15% do meu faturamento", afirma.

A ideia, explica ele, é usar o tempo ocioso das máquinas, para rodar materiais de permuta. "Não atrapalha meu dia a dia, esse tempo está computado no custo fixo. Se eu fizer 10% a mais de venda (com a troca), isso se transforma em lucro 17% maior, porque eu reduzo minha despesa (da máquina parada)", calcula.

Ele assinala ainda que já vem adotando a sistemática para viagens, presentes, brindes a funcionários, estadas em hotéis.

"É fácil, simples e traz uma comodidade. Tenho cadastradas 40 empresas (clientes). Dentro da minha capacidade é um volume alto", cita o empresário.

 




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