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Eriksson, o salvador sueco da Inglaterra
Por Da AFP
23/05/2006 | 10:52
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O treinador sueco da Inglaterra, Sven-Goran Eriksson, soube calar os céticos. Sua contratação, em outubro de 2000, causou polêmica na Inglaterra.

Parecia inconcebível dar o posto de treinador a um estrangeiro, que, além disso, nunca havia dirigido uma seleção, tampouco havia treinado um clube britânico. Mas o sueco não se incomodou e conduziu o English Team do último lugar nas eliminatórias européias às quartas-de-final na Copa do Mundo de 2002.

Ele assumiu o cargo e logo começou a refazer a equipe. Montou a base do time com as estrelas David Beckham e Michael Owen e deu oportunidade a jogadores mais jovens, como Steven Gerrard e Ashley Cole.

Uma série de vitórias consecutivas contra Finlândia, Albânia e Grécia renovou as esperanças da Inglaterra, que foi a Munique enfrentar os alemães cheia de confiança.

"Creio que a sorte está do nosso lado", previu Eriksson antes da partida. A Inglaterra massacrou os antigos rivais no Estádio Olímpico por 5-1 e o sueco, de 53 anos, foi elevado à categoria de herói nacional.

Meses mais tarde, os ingleses disputavam as quartas-de-final do Mundial contra os futuros campeões mundiais, os brasileiros.

Os pais de Sven Goran deram a seu filho os nomes dos dois atacantes do time local de Torby (Sven Hering e Goran Vacker). Ainda que sua carreira como jogador tenha sido muito modesta - não passou da terceira divisão -, como treinador conheceu o sucesso imediatamente.

Ele começou a carreira de treinador no desconhecido clube de Degerfors, levando a equipe da terceira para a primeira divisão, uma façanha que o fez ser contratado pelo importante Gotemburgo.

Depois de conquistar um Campeonato Sueco e duas Copas da Suécia, foi para Portugal treinar o Benfica. Em seguida, transferiu-se para a Itália, onde dirigiu Roma, Fiorentina, Sampdoria e Lazio, com uma nova passagem pelo Benfica no meio disso tudo.

Sua coleção de títulos impressiona: uma Recopa e uma Supercopa da Europa em 1999 com a Lazio, uma final de Liga dos Campeões em 1990 e uma Copa da Uefa em 1983 com o Benfica, além de três campeonatos de Portugal, um da Suécia e um da Itália, sem esquecer seis copas em três países: três na Itália, duas na Suécia e uma em Portugal.

Sereno, diplomático e meticuloso, Sven-Goran Eriksson ganhou o respeito e a admiração em todos os países por que passou.




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