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Câmara de S.Caetano ressuscita CPI da Saúde

Oposicionistas tornam a cogitar comissão, mas admitem falta de adesão

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
27/11/2014 | 07:00
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A bancada oposicionista na Câmara de São Caetano voltou a falar de abertura de CPI para investigar problemas na área da Saúde. Na sessão de terça-feira, o vereador Edison Parra (PHS) ressuscitou requerimento que solicita instauração da comissão. O documento havia sido apresentado no início do ano, mas foi engavetado por falta de assinaturas.

Pelo regimento interno da Casa, para que a CPI seja formada, é necessária adesão de, pelo menos, um terço do Legislativo, ou seja, sete assinaturas. O requerimento de Parra contém apenas a rubrica dele próprio e a de Fábio Palacio (PR).

Como o governo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) detém apoio da maioria dos vereadores, parlamentares admitem pelos corredores que abertura de CPI é teoricamente impossível. O calendário das sessões – a Casa está prestes a entrar em recesso – também inviabilizaria o debate. “Ainda temos de votar o (aumento no) IPTU, o Orçamento para 2015 e tem a eleição da mesa diretora. Acho muito difícil essa discussão prosperar, mas eu sou otimista”, ressaltou Parra.

Por sua vez, Palacio alegou “falta de transparência” da administração peemedebista para justificar a adesão à CPI. “Existem vários métodos de a gente fiscalizar. A CPI é apenas uma delas. Eu tentei de outras formas, mas todas foram barradas pelo governo”, explicou o republicano, que tentou, sem sucesso, emplacar emendas solicitando informações sobre os contratos com as fornecedoras de medicamentos no município. Por orientação do Paço, o líder do governo, Jorge Salgado (Pros), articulou a derrubada das emendas.

Salgado destacou que a administração “não teme CPI”, mas que a Prefeitura já tem investigado o desabastecimendo de remédios nos postos da cidade. “Já existe sindicância aberta e até o Ministério Público está acompanhando o caso”, justificou. No início do ano, surgiu série de requerimentos pedindo CPI, mas a comissão não vingou porque vereadores voltaram atrás e retiraram suas assinaturas.

O Diário mostrou que fornecedoras da Prefeitura tinham como sócia offshore no Panamá, considerado paraíso fiscal no Caribe. A falta de remédios culminou na queda do secretário de Saúde, Mário Chekin.  




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