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Santo André encerra o ‘Quartas’ com Samba da Vela
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
12/12/2007 | 07:00
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Não faltarão melodias inspiradas, alegria e ritmos envolventes. Isso é o que prometem os compositores e músicos da Comunidade Samba da Vela, que promovem uma roda de bambas nesta quarta-feira, às 20h, no saguão do Teatro Municipal de Santo André.

O evento, com entrada franca, encerra a programação deste ano do projeto Quartas Musicais. Até que a chama de uma vela se apague – o que costuma ocorrer cerca de duas horas após o início da apresentação –, o público poderá se esbaldar com a cadência bonita e o talento do grupo.

“Basicamente, tocamos o repertório do nosso primeiro CD, Comunidade Samba da Vela (2004), que tem músicas como Caminho de Lua Cheia e Polivalente. Mas, em sete anos de atividade, temos quase mil composições e também tocamos o que rolar na hora”, explica o compositor e um dos fundadores do coletivo, José Marilton da Cruz, o Chapinha.

História - Em 17 de julho de 2000, Chapinha, Paquera e os integrantes do Quinteto em Branco e Preto, Maurílio de Oliveira e Magnu Sousá, se reuniram em um bar para mostrarem seus sambas. Depois da animada reunião, tiveram a idéia de promover encontros permanentes entre compositores anônimos da comunidade que estivessem interessados em divulgar suas criações.

As festas passaram a ocorrer às segundas-feiras, na Casa de Cultura de Santo Amaro, em São Paulo. Para evitar que as rodas de samba varassem a madrugada, eles começaram a contabilizar a duração dos encontros.

Antes de adotarem a vela, usaram ampulhetas, despertadores e até um galo. “A única pretensão que a gente tinha era a de abrir espaço para os autores. Achávamos que pouca gente iria. Hoje, o público é muito diversificado. Nos nossos sambas têm desde recém-nascido até pessoas com 100 anos”, conta Chapinha.

Além dos quatro fundadores, a Comunidade Samba da Vela se apresenta hoje com um grupo de apoio instrumental, que inclui cavaquinistas e percussionistas.

Sem preconceito - Apesar de defender o samba tradicional, forjado por ícones como Cartola e Nelson Cavaquinho, Chapinha se diz contrário a qualquer tipo de preconceito. Por isso, não critica sambistas que promovem fusões com outras vertentes musicais.

“Não tenho nada contra esse pessoal que mistura samba com funk ou rock. Para mim, só existem dois tipos de música: a boa e a ruim. Independentemente do gênero, eu não gosto é de quem produz música de má qualidade”, define o veterano compositor.

Serviço - Comunidade Samba da Vela – Show. Nesta quarta-feira, às 20h. No saguão do Teatro Municipal de Santo André – pça. IV Centenário, s/nº. Tel.: 4433-0789. Entrada franca.




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