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À CPI, Procon diz que Enel lidera queixas em Diadema

Diretora do departamento, Eliete Menezes cita que contas abusivas são 90% das críticas

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/10/2021 | 00:42
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A CPI da Enel em Diadema ouviu ontem a coordenadora do Procon na cidade, a ex-primeira-dama Eliete Menezes, que apontou que a concessionária de energia elétrica lidera o ranking de reclamações no município. Segundo ela, o sistema interno da instituição registrou 263 reclamações formais neste ano, sendo que, desse total, 90% são referentes a contas abusivas.

O depoimento de Eliete deu início à fase de coleta de declarações na investigação na Câmara. Além de Eliete, Marcos Vicente, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), comentou sobre a relação do comércio com a Enel – e também citou alto volume de queixas com relação ao servido da empresa.

Eliete discorreu que, a despeito do índice de questionamentos sobre a execução do serviço da Enel, há dificuldade em cobrar soluções, seja por problemas burocráticos ou pelo fato de alguns casos serem direcionados para a Defensoria Pública (nos casos em que a Enel não aceita repactuar as dívidas do consumidor).

Para o presidente da CPI, Eduardo Minas (Pros), o relatório do Procon trouxe números “estarrecedores” acerca da atuação da empresa na cidade. “A gente tinha uma visão de que a situação era ruim pelo volume de demandas e reclamações que recebíamos. Mas não imaginávamos que estava neste nível”, disse. A CPI é composta por Cabo Angelo (PV, relator), Cicinho (PSB), Lucas Almeida (DEM) e Neno (PT). O bloco considerou que é necessário reforçar equipamentos para que o Procon possa exercer poder fiscalizatório.

Cinco das sete cidades do Grande ABC instalaram CPI para investigar a atuação da Enel – Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires, além de Diadema. Na segunda-feira, representantes da concessionária estiveram na Câmara de Santo André para mostrar a versão da companhia a respeito das acusações.

Em Ribeirão Pires, o presidente do Legislativo, Guto Volpi (PL), publicou a abertura do bloco de investigação e designou os componentes. Diogo Manera (PSDB) vai presidir os trabalhos, tendo Rato Teixeira (PTB) como relator e Leandro Tetinha (PTB) como integrante. O grupo terá 120 dias de vigência.




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