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Consórcio faz parceria para acolher mulheres vítimas de violência

Iniciativa vai criar 274 vagas temporárias em hotéis do Grande ABC; beneficiada vai poder permanecer com seus filhos de até 18 anos

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
06/10/2021 | 00:01
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AndreHenriques/DGABC


O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC assinou ontem parceria com a iniciativa privada para a criação do Programa Acolhe – Grande ABC, que prevê acolhimento temporário de mulheres e meninas em situação de violência doméstica nas sete cidades, bem como seus filhos e filhas menores de 18 anos. A iniciativa é mantida pelo Fundo de Investimento Social pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Meninas, criado pelo Instituto Avon e pela rede de hotéis Accor. Essa é a primeira vez que as empresas elaboram assinatura com o poder público, o que faz com que o convênio seja pioneiro.

A principal atuação do programa é reduzir impactos da violência contra as mulheres, apoiando os serviços públicos de abrigamento e proteção e oferecendo suporte para recolocação profissional, ajudando-as no enfrentamento da violência. A porta de entrada para as mulheres vítimas de violência são os centros de referência municipais, que realizam o primeiro atendimento. A acolhida passará por triagem e avaliação do município. Se não houver risco iminente de morte, a equipe da prefeitura realizará contato com a equipe do Programa Acolhe, que fará a avaliação do caso. A partir de então, as mulheres e meninas receberão hospedagem e alimentação em hotéis da rede Accor no Grande ABC, assim como a acomodação no mesmo quarto de seus filhos menores de 18 anos. No total serão ofertadas 274 vagas nos 153 hotéis da rede, sendo sete no Grande ABC – em Santo André, São Bernardo e São Caetano. Caso seja necessário, a mulher é encaminhada ao Programa Casa Abrigo Regional, mantido pelo Consórcio, onde a estadia é de até seis meses.

Presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), disse que o projeto integra as políticas públicas do colegiado tendo a preservação da mulher como prioridade. “A luta pelo fim da violência contra a mulher não era encarada como prioridade, mas agora é. Nós já mantemos as casas abrigo, que são referências. O Programa Acolhe é um reforço importante para o trabalho que já realizamos. Tenho certeza de que vamos conseguir proteger e transformar a vida de muitas mulheres da nossa região”, destacou. 

Diretora executiva do Instituto Avon, Daniela Grelin, afirmou que a dificuldade de se manter projetos como estes é encontrar rede em que haja sinergia e também integração entre os entes que participam da corrente que estabelece os vínculos com as mulheres que buscam auxílio. A gestora ressaltou que o Consórcio conseguiu reunir estas questões. “Buscamos entender por que houve aumento da violência contra a mulher durante a pandemia e, dessa forma, criamos o Fundo (de Investimento Social pelo Fim da Violência Contra as Mulheres)”, explicou.

Secretário Executivo do Consórcio, Acácio Miranda, declarou que foi o colegiado que buscou o diálogo com o Instituto Avon já pensando em firmar projeto nos moldes apresentados ontem. “Buscamos o Instituto Avon por eles já serem referência no combate a violência contra as mulheres. Apresentamos o histórico e os projetos do Consórcio e a parceria foi imediata”, afirmou.




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