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Indústria cria reserva de Mata Atlântica em S.Bernardo

Basf apresenta 30 hectares de fauna, flora e nascentes dentro do complexo químico

Por Heitor Agricio
Especial para o Diário
04/10/2021 | 00:01
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Marc Egger/ Divulgação


Colocar indústria e meio ambiente em uma mesma frase leva a crer que a situação é negativa, agressiva à natureza. No entanto, em São Bernardo, o complexo industrial de tintas e vernizes na Basf decidiu ser diferente e unir estes dois pontos. Assim, além da fábrica de produtos químicos, também conta com um espaço equivalente a 30 campos de futebol de Mata Atlântica, que compreende a aproximadamente metade do terreno: a Reserva Suvinil.

A Fundação Espaço Eco foi responsável por um estudo de biodiversidade da reserva, onde foram observadas diversas classes de plantas e animais. No período de oito meses, dois biólogos fizeram levantamento e eles identificaram na flora do local 176 espécies de plantas, sendo 135 tipos árvores e 41 variedades de ervas, trepadeiras e samambaias. Na fauna foram encontradas 85 espécies de pássaros, oito de mamíferos, ao menos cinco de serpentes e três de lagartos, além de anfíbios e peixes.

“É tão gratificante poder identificar diferentes espécies de fauna e flora dentro do quintal de casa e ainda ter o privilégio de seguir com a preservação desse espaço que possui uma ampla variedade de plantas... além de abrigar nascentes de água cristalina” afirma Cristiana Brito, presidente do Conselho Curador da Fundação Espaço Eco, consultoria para sustentabilidade instituída e mantida pela Basf.

A reserva também conta com cinco nascentes, que formam pequenos córregos. Todos são afluentes da Represa Billings, uma das fontes de água mais importantes da Região Metropolitana e do Grande ABC. Durante a última crise hídrica do País em 2015, o reservatório foi um dos substitutos do Sistema Cantareira.

“Todos os córregos são afluentes da Represa Billings, mostrando a importância destes corpos d’água para a manutenção dos mananciais que abastecem as regiões metropolitanas”, aponta Tiago Egydio, coordenador de sustentabilidade da fundação e responsável pelo estudo. “A estimativa do carbono removido da atmosfera pela floresta é de 5.160,31 toneladas de CO2, o equivalente a um caminhão de 14 toneladas movido a diesel, dando 104 voltas ao redor da Terra”, calcula ele.

A Basf possui mais de 37 anos de experiência em restauração de matas nativas do bioma da Mata Atlântica por meio do programa Mata Viva, iniciativa conduzida pela Basf e Fundação Espaço Eco, a empresa já plantou mais de 1,25 milhão de mudas nativas da Mata Atlântica, reflorestando mais de 700 hectares.

Essa iniciativa vem demonstrando de maneira prática como a indústria e o meio ambiente podem se complementar e coexistir. Ricardo Gazmenga, diretor de operações de tintas decorativas da Basf explica que “com o estudo, queremos mostrar para toda a sociedade o calor deste espaço, que representa praticamente metade de toda a área pertencente à nossa fábrica no município”. 




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