Grupo de professores de São Caetano criou a Aspescs (Associação dos Profissionais da Educação de São Caetano), entidade que vai representar a categoria. Segundo os docentes, a entidade foi constituída porque o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Caetano deixa a desejar.

“O sindicato não nos representa, não tem legitimidade. É uma diretoria amiga da gestão pública e em nada briga pela categoria. Eu ingressei na rede pública em 2010 e logo me sindicalizei. Eu nunca fui chamada para uma assembleia para discutir temas relacionados ao funcionalismo, como reajuste salarial”, criticou Arlete Maria Feres Garcia, professora da Emef Leandro Klein, no bairro Nova Gerty, uma das líderes da nova associação.

Na pauta de reivindicações estão a retomada do convênio médico particular a servidores públicos – em abril foi cancelado o contrato com a GreenLine e funcionários procuram área do sistema público destinada pela Prefeitura –, implementação do dissídio salarial e incorporação do abono aos vencimentos dos profissionais da Educação.

Atualmente a Aspescs conta com 93 filiados. “Mas estamos em campanha para atrair mais gente. Fizemos passeatas na Avenida Goiás no mês passado e continuaremos brigando pelos nossos direitos”, salientou Arlete. A rede pública de ensino de São Caetano conta com 4.000 colaboradores. “Os políticos de São Caetano vivem numa bolha, são imaculados e acham que nada vai acontecer contra eles. Em São Caetano há as melhores notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), mas não há respeito aos profissionais. E isso vem de longa data, não é somente o governo atual”, adicionou a professora.