O ex-prefeito de Rio Grande da Serra Ramon Velásquez (PT) afirmou que não vai trabalhar pela eleição do ex-vereador Claudinho da Geladeira, candidato do partido em 2016, porque o ex-parlamentar “não o quer por perto”. Ele negou, entretanto, que estará no grupo da candidatura à reeleição do prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) e refutou possibilidade de deixar o PT.

“Não vou atrapalhar o Claudinho, que não me quer por perto e acha que já ganhou a eleição. Também não posso ser falso e, estando no PT, apoiar outro projeto. Vou ajudar onde querem a minha ajuda. Talvez eu vá trabalhar pelo Tarcisio (Secoli, PT, candidato a prefeito em São Bernardo). Vou deixar o Claudinho viver esse sonho”, disse.

Ramon foi, no domingo, à convenção do PCdoB, partido que vai caminhar com Maranhão em 2016 em Rio Grande. Durante a atividade, sentou-se ao lado do tucano e foi fotografado em clima bastante descontraído com o maior rival do petismo na cidade.

“Tenho uma relação de amizade com o Gabriel Maranhão. Ele não me pediu nada a não ser a amizade. E sempre discutimos políticas em âmbito mais geral, não em âmbito eleitoral. Jantamos, tomamos vinho, conversamos de política, sobre família. O Claudinho acha que eu atrapalho, o que eu posso fazer?”, reclamou Ramon, dizendo que foi à convenção comunista “prestigiar amigos que deixaram o PT por falta de espaço”.

Ramon foi prefeito de Rio Grande entre 2001 e 2004, chegando à Prefeitura em enorme instabilidade política, com mortes e renúncias de prefeitos à ocasião. Depois de sua gestão, foi trabalhar em Embu das Artes e Suzano. Agora, atua na Fundação Criança de São Bernardo, que tem como presidente o ex-prefeito Mauricio Soares (PT).

Mandatário do PT de Rio Grande da Serra, Erick de Paula declarou que cabe a Ramon explicar os motivos pelos quais ele tem aparecido publicamente em atividades de partidos de oposição ao petismo na cidade. “O PT tem projeto diferente do modelo atual aplicado pelo Maranhão e o PSDB. Por orientação nacional, não caminharemos juntos.”