Política Titulo Antiga promessa
Marinho encerrará gestão sem entregar escola no Jd.Calux

Emeb Aluisio Azevedo, em São Bernardo, não será concluída até 2016; projeto ficou abandonado por três anos após problemas com construtora

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
16/11/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), irá concluir seu mandato em dezembro de 2016 sem entregar à população o projeto de construção da Emeb Aluísio de Azevedo, no Jardim Calux, uma de suas promessas de campanha no pleito de 2012, quando garantiu a reeleição.

O projeto orçado em R$ 14,1 milhões tinha como objetivo atender em torno de 400 crianças, de 4 a 6 anos, mas foi abandonado há pelo menos três anos, depois de entrave do governo Marinho e a empreiteira responsável, a BSM Empreendimentos – vencedora do processo licitatório em 2012. A empresa chegou a embolsar em torno de R$ 3,1 milhões do montante a ser pago, contudo abandonou os serviços logo na fase inicial. A Prefeitura somente formalizou a rescisão de contrato de forma unilateral em junho de 2014.

A confirmação do fracasso do cumprimento dos prazos da obra foi feita pelo secretário de Educação da administração petista, Paulo Dias (PT). “Teve toda essa dificuldade com a empresa, mas a Prefeitura acionou juridicamente os responsáveis. No entanto, não conseguiremos mais entregar até o fim do ano que vem”, afirmou.

Em setembro, o Diário esteve no local – localizado na Rua Cabral da Câmara – e constatou situação de abandono. Na ocasião, o secretário de Marinho afirmou que buscava solução por meio de contratação de novo estudo do projeto. Na semana passada, a equipe do Diário voltou ao terreno e constatou o mesmo cenário. Paulo Dias assegurou que o planejamento segue em andamento, admitindo que outro processo licitatório deverá ser publicado provavelmente em janeiro.

“O que conseguimos avançar é que o projeto terá apenas uma alteração, a construção da quadra de esportes será desmembrada. Esse serviço deve ser iniciado até o mês que vem”, adicionou.
No local, a realidade expõe apenas parte da estrutura do prédio levantada, com mato alto, entulhos e lixos espalhados. Moradores do bairro, que preferiram não se identificar, disseram que já reclamaram com a administração, pois no terreno foram desenvolvidos vários focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue.

Os serviços foram contratados quando a Pasta era comandada por Cleuza Repulho (PT), que deixou a administração em julho, após colecionar problemas na Justiça, sendo ré em ação proposta pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ABC por suspeita de superfaturamento na compra de uniformes e kits escolares em 2010 e 2011. Segundo promotores, ela participou de esquema que inflou em pelo menos R$ 4 milhões a compra de tênis e mochilas a alunos da rede pública.




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