O Exército dos Estados Unidos e as forças do Iraque iniciaram hoje uma ampla operação aereoterrestre, com o apoio de 50 aviões. O alvo são os rebeldes leais a Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no território iraquiano. A ação é realizada em uma área remota ao norte Bagdá, perto de Samarra, informa um comunicado militar americano.

Mais de 1.500 soldados iraquianos e da coalizão participam da operação, considerada a maior ofensiva aérea desde a invasão do país no dia 20 de março de 2003, segundo um porta-voz americano. Além disso, quase 200 veículos terrestres foram mobilizados nos ataques.

A ação, que deve durar vários dias, tem como objetivos acabar com influência dos rebeldes vinculados a Zarqawi na região e desmantelar os esconderijos, tanto de armas como de explosivos.

O texto acrescenta que os militares descobriram um determinado número de esconderijos de armas, com ferramentas para a fabricação de explosivos artesanais. A operação militar, que começou no início da tarde com forças da coalizão apoiadas por soldados da primeira Brigada do Exército iraquiano, é realizada ao oeste de Samarra (120 km ao norte de Bagdá).

Em fevereiro, unidades do Exército iraquiano começaram a infiltrar-se na região montanhosa de Hamrin, no encalço do rastro de membros da Al-Qaeda, que teriam se refugiado na região depois de cair em desgraça com os líderes tribais de seus antigos redutos no centro e oeste do país. "Estas operações se desenvolvem graças às informações que recebemos", acrescentou. O porta-voz do ministro da Defesa, Mohammed Al-Askari, admitiu que no mês passado foram realizadas operações encobertas. Também confirmou o envio de mais tropas à região, caso se confirme a presença de militantes do grupo de Zarqawi na área. Esta região faz limite com alguns redutos rebeldes, inclusive a cidade de Baiji, com importantes refinarias de petróleo, além de Samarra, Kirkuk e Baaquba.