A administração do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), apontou pela manutenção do vereador José de Araújo (PMDB) como líder do governo na Câmara em 2015. O peemedebista exerceu em 2014 a função que tem como principal atribuição defender as ações da Prefeitura no Legislativo. A bancada petista também optou pela continuidade do colega.

No ano passado, o Executivo protocolou 82 projetos de lei na Câmara. Desse total, 80 propostas tiveram aval dos parlamentares em plenário – grande parcela por unanimidade. Só que o cenário político mudou com a perda da maioria, agora com apenas nove dos 21 vereadores. O Paço avaliou como positiva a participação do peemedebista na condução do trabalho. “O Araújo teve boa atuação no período. Tudo indica que ele vai permanecer, não vejo qualquer tipo de problema. Só não tivemos conversa para bater o martelo”, disse o secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), articulador do Paço, ao citar que desconhece interesse de outro nome da base governista pleiteando a vaga.

Araújo está no sétimo mandato de vereança e foi vice-prefeito na gestão Newton Brandão, morto em 2010. Exerceu o posto de liderança também no governo Aidan Ravin (PSB), quando teve apoio para presidir o Legislativo. Novo líder da bancada do PT, Alemão Duarte defendeu Araújo ao considerar que o PMDB tem sido fiel ao Executivo. Segundo ele, há adesão do grupo em torno do peemedebista. “Tivemos reunião informal no fim do ano e expusemos ao Grana que, para nós, está tranquilo se ele continuar.”

José Montoro Filho, o Montorinho (PT), endossou as declarações do correligionário. “No que depender de mim, o Araújo se mantém na liderança. Tem experiência (política) e conhecimento dos projetos. Sabe todos os meandros”. Para ele, o adiamento de duas matérias do Executivo para este ano foi por “irresponsabilidade” de parte da Câmara, referindo-se ao texto de autorização ao Paço para contratar crédito de R$ 12 milhões junto à Caixa Econômica Federal para pavimentação do Recreio da Borda do Campo. “Não tínhamos 14 votos para aprovar”, lamentou. Esse impasse, aliás, pode continuar.

Araújo não foi localizado para comentar o assunto.