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Yamamura espera maior movimento do ano durante Carnaval
Por Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
03/02/2005 | 15:20
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A Lustres Yamamura é das poucas empresas que iluminarão o comércio do Grande ABC durante o Carnaval. O período é sinônimo de pouco movimento e vendas fracas na região, mas tradicional loja de lustres se prepara para a melhor data do ano em vendas.

Segundo o gerente da unidade São Bernardo, Sidney Marques Júnior, na segunda-feira de Carnaval, a empresa atinge a incrível marca de 20% de todo o faturamento do ano em um único dia. Nessa data, todos os 35 funcionários estarão de plantão. O esquema especial está sendo montado pelo 15º ano consecutivo nas unidades São Bernardo e Consolação, em São Paulo.

Embora pareça contradição, o esvaziamento da região metropolitana de São Paulo durante o Carnaval favorece a comercialização de lustres, segundo Marques Júnior. Ele afirma que os pedidos se multiplicam – são cerca de 1,7 mil somente na loja de São Bernardo. De acordo com o gerente, o fenômeno também é resultado do grande número de pessoas do interior que, em direção ao litoral, passam por São Paulo e pelo Grande ABC – a loja de São Bernardo fica próximo à via Anchieta.

Pequenas confecções da região também apostam no Carnaval como um período de lucro. Essas empresas se apressam em produzir fantasias e máscaras até o final da semana, a fim de dar conta da demanda do período. “O faturamento do Carnaval é equivalente ao do Halloween, em outubro. Aproveitamos a época, que geralmente é ruim para outros setores, para garantir bons números para o balanço do ano”, afirma Rose Rego, gerente de uma loja de fantasias, em Santo André.

Constraste – De outro lado, há os que torcem para o Carnaval acabar. É o caso do setor hoteleiro, cujo nível de ocupação desaba. Na região, os hotéis são voltados basicamente para o público empresarial. A ocupação tem os níveis mais baixos do ano – entre 10% e 35%. “O turismo, que impulsiona o setor nessas épocas, não é uma realidade no Grande ABC”, diz Marcos Aurélio Coretti, gerente de um hotel em Santo André.

A exemplo do mercado hoteleiro, o comércio em geral sofre com o sumiço dos consumidores. Segundo a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), somente 10% dos estabelecimentos comerciais da cidade estão programados para manter as portas abertas. Serão essencialmente casas voltadas a decorações típica, vestuário e alimentos – como bares, lanchonetes e restaurantes.



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